Considerado um dos principais líderes da oposição na Rússia, o ativista Alexei Navalny foi detido neste domingo (26) durante manifestação contra a corrupção, convocada por ele, na capital do país, Moscou. O motivo da prisão não foi informado pelas autoridades policiais, segundo reportou a agência estatal russa, Sputnik News .
Apesar de não ter sido autorizado pelo governo, o protesto deste domingo reunia cerca de 8 mil pessoas, que teriam ficado revoltadas com a prisão do blogueiro e político.
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Segundo a agência italiana Ansa , Navalny foi indiciado por violação da legislação que regulamenta a prática de protestos e poderá ser condenado a pagar uma multa, realizar trabalhos obrigatórios ou até mesmo permanecer na prisão.
Uma fonte da Polícia citada pela agência de notícias estatal Tass disse que, além do oposicionista, mais de 500 pessoas foram detidas, sendo que a maioria delas também deve ser indiciada por violação da lei de protestos.
A situação no centro de Moscou já está calma, porém durante o dia houve diversos confrontos por conta da prisão de Navalny, que pretende desafiar Vladimir Putin nas eleições presidenciais de 2018. Recentemente, ele foi condenado a uma pena suspensa de cinco anos de cadeia por ter aplicado uma fraude em uma empresa estatal, mas ainda cabe recurso.
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"Obrigado pelo seu apoio, eu estou bem, fui levado a uma delegacia e estou conversando com os agentes sobre meu filme sobre [o primeiro-ministro] Medvedev. Mas a ordem do dia é o protesto contra a corrupção, não minha prisão. Continuem manifestando de modo pacífico", afirmou Navalny no Twitter.
Na sexta-feira (24), autoridades de Moscou haviam recomendado que Navalny alterasse o local do protesto, oferta que ele rejeitou. Após isso, a diretoria do Ministério do Interior em Moscou chegou a divulgar um comunicado pedindo aos cidadãos para não participarem do ato. Segundo os diretores, os organizadores do protesto estavam previamente alertados sobre a possibilidade de eles serem responsabilizados por qualquer ameaça à segurança dos envolvidos.
*Com informações e reportagem da Ansa e da Sputnik News