Havaí entrou na Justiça contra o novo decreto imigratório assinado há quatro dias pelo presidente Donald Trump
Reprodução/ Facebook/ Donald Trump
Havaí entrou na Justiça contra o novo decreto imigratório assinado há quatro dias pelo presidente Donald Trump

O estado norte-americano do Havaí entrou na Justiça contra o novo decreto imigratório assinado há quatro dias pelo presidente republicano Donald Trump. O documento bloqueia a entrada de cidadãos de seis países islâmicos em território dos Estados Unidos.

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A imprensa norte-americana já havia especulado a possibilidade de o Havaí entrar na Justiça contra o decreto, o que acabou sendo confirmado nesta quarta-feira (8). O estado, que inclusive é terra natal do ex-presidente Barack Obama, entrou com uma ação legal na Corte Federal de Honolulu, rejeitando a medida imposta por Trump .

Com isso, o Havaí se torna o primeiro estado do país a brigar contra o novo decreto. O governo do arquipélago já havia se manifestado quando o mandatário assinou o primeiro documento de restrição migratória, em 27 de janeiro, logo depois de tomar posse.

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No dia da assinatura, justificou a existência do decreto afirmando que “são medidas para manter terroristas islâmicos radicais fora dos EUA. Não os queremos aqui. Queremos garantir que não estamos admitindo no país as mesmas ameaças que nossos soldados combatem no exterior”. “Só queremos admitir em nosso país aqueles que apoiam nosso país e amam profundamente nosso povo”, concluiu.

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Nesta primeira versão, a restrição incluía sete países (mas o Iraque acabou sendo retirado da lista dos proibidos), que também restringia o acesso de refugiados ao país, tornando-se suspenso por 90 dias a emissão de vistos para cidadãos dos sete países de maioria muçulmana. Contudo, juízes norte-americanos acabaram derrubando o decreto e, por isso, o republicano acabou apresentando uma nova versão do documento.

Com exceção da mudança sobre o Iraque, o texto dos dois decretos são basicamente os mesmos. Ambos geraram bastante polêmica nos Estados Unidos – e críticas de autoridades do mundo todo. Há um mal-estar diplomático com as nações islâmicas envolvidas no “veto”: Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen.

Segundo assinado por Donald Trump, a nova diretriz entrará em vigor em 16 de março e tem sido chamada de "Muslim Ban 2.0".

*Com informações da ANSA

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