Starbucks: manifestantes colaram diversos cartazes com a imagem de uma mulher coberta com uma burca, em Madrid
Reprodução/ Twitter @HogarSocial_Mad
Starbucks: manifestantes colaram diversos cartazes com a imagem de uma mulher coberta com uma burca, em Madrid

O grupo espanhol de extrema direita Hogar Social Madrid (HSM) lançou nesta quinta-feira (9) uma campanha contra a rede de cafeterias norte-americana Starbucks após a empresa prometer contratar refugiados.

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"Hogar Social protesta pela contratação de dez mil refugiados no Starbucks , sendo que a Espanha tem 23% de desocupados", escreveu o grupo em sua conta no Twitter. Os manifestantes colaram diversos cartazes com a imagem de uma mulher coberta com uma burca e com as frases "Starburca, Refugiados", e "Aqui se contrata refugiados, enquanto você está desempregado" em vários estabelecimentos da cafetaria na cidade de Madri, na Espanha.

A onda de protestos acontece após o CEO da companhia, Howard Schultz, anunciar, no fim de janeiro, que a rede irá contratar dez mil refugiados durante os próximos cinco anos em seus 75 estabelecimentos no mundo todo em resposta à política de Donald Trump sobre a proibição de entrada dos imigrantes e refugiados nos Estados Unidos.

Entenda o caso

No dia 27 de janeiro, o presidente dos EUA determinou novos mecanismos de controle de imigrantes e refugiados no país para, segundo ele, impedir a entrada de terroristas. Uma das medidas barra a entrada de cidadãos do Iraque, da Síria, do Irã, Sudão, da Líbia, Somália e do Iêmen – países majoritariamente muçulmanos – por 90 dias.

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O decreto suspende temporariamente o programa de refugiados do país, e proíbe por tempo indeterminado a entrada de refugiados sírios.

Na última sexta-feira (3), no entanto, um juiz federal do estado de Washington determinou a suspensão temporária do veto do republicano . No sábado (4), o Departamento de Estado acatou à decisão do juiz e liberou vistos suspensos de imigrantes.

Com isso o governo se viu obrigado a parar o cancelamento de vistos – entre 60 mil e 100 mil estrangeiros afetados pelo decreto. No entanto, ainda neste sábado, o governo norte-americano entrou com um recurso para tentar bloquear a decisão do juiz. O que foi rejeitado, neste domingo, por um tribunal de apelações norte-americano.

Até agora, os viajantes estão sujeitos aos mesmos procedimento que existiam antes da ordem de Trump. Prevê-se que a disputa legal entre juízes e o presidente acabe no Supremo Tribunal do país.

Além da Starbucks, outras empresas como a Uber, o Google e a Airbnb se pronunciaram  após a decisão de Donald Trump de proibir a entrada de imigrantes de sete países muçulmanos por um período de 90 dias.

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