Presidente Donald Trump tenta dificultar a entrada de cidadãos vindos de sete países de maioria muçulmana nos EUA
Divulgação/Facebook/Donald J. Trump
Presidente Donald Trump tenta dificultar a entrada de cidadãos vindos de sete países de maioria muçulmana nos EUA

O governo do presidente Donald Trump busca uma estratégia para derrubar a suspensão do decreto que impedia, desde o fim de semana passado, a entrada nos Estados Unidos de cidadãos vindos de sete países de maioria muçulmana: Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão. As informações são da Radio França Internacional.

Representantes do primeiro escalão do governo Trump fizeram nesta segunda-feira (6) uma reunião de emergência na Casa Branca para tentar por fim ao imbróglio jurídico envolvendo as medidas de controle à imigração no país. Na sexta-feira (3), um juiz norte-americano determinou a suspensão ao veto . A ordem foi acatada no dia seguinte.

Até domingo (5), havia 17 processos correndo em diversos estados contra o ato assinado pelo presidente, que segue suspenso em razão da decisão judicial. Ainda ontem, a Justiça da Califórnia rejeitou um pedido do governo federal para derrubar a suspensão, deixando o republicano ainda mais irritado.

O posicionamento da Justiça sobre o decreto tem irritado o presidente, que, pelas redes sociais, chamou o magistrado de “pseudo-juiz”. Ele disse ainda que o juiz está colocando em risco a segurança de todos os cidadãos norte-americanos.

Brigas com o judiciário

Desde que assumiu a Casa Branca, em 20 de janeiro, o republicano vem enfrentando dificuldades na relação com o Judiciário. A relação deve permanecer conturbada durante todo o seu governo.

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No Departamento de Justiça e entre os juízes federais, boa parte deles escolhidos pelos presidentes George W. Bush e Barack Obama, cresce a sensação de que uma crise constitucional está sendo deflagrada pelo ato executivo anti-imigração.

A briga do presidente com os juízes se reflete no processo de escolha no novo ministro da Suprema Corte, que precisa ser aprovado pelo Senado por pelo menos 60 votos, episódio que também pode acirrar os ânimos da oposição. O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, já disse que o juiz indicado pelo presidente, o conservador Neil Gorsuch, será sabatinado de modo mais severo pelos congressistas da oposição, especialmente no que diz respeito aos limites do Executivo.

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Há reações até mesmo dentro da própria burocracia pública de Washington . A ministra interina da Justiça se negou a orientar os advogados da União a enfrentar a suspensão do ato executivo e o presidente a demitiu. No Departamento de Estado, funcionários se manifestaram publicamente contra decisões polêmicas do magnata, como a de dar ao assessor especial Steve Bannon – que comandou a campanha vitoriosa de Trump à presidência e é acusado de ter posições ultranacionalistas e xenófobas – status privilegiado nas reuniões do poderoso Conselho de Segurança, título reservado a generais com larga experiência militar.


* Com informações da Agência Brasil

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