A juíza Ann Donnelly, do Brooklyn, aceitou na noite de sábado (28), o pedido da União Americana de Liberdades Civis (da sigla em inglês ACLU) e de outros grupos, ao bloquear as deportações dos estrangeiros de sete países cuja predominância é muçulmana. A medida vai contra a promessa de campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que quer manter longe o terrorismo do território norte-americano.
As entidades de direitos civis se mobilizaram após dois refugiados iraquianos serem detidos por várias horas no aeroporto JFK, em Nova York. A juíza ordenou uma permanência de emergência, bloqueando as deportações dos estrangeiros dos Estados Unidos. Hameed Khalid Darweesh tem trabalhado por uma década no governo norte-americano como tradutor e Haider Sameer Abdulkhaleq Alshawi, que chegou ao país para se juntar à sua esposa.
Decisão
Na sexta-feira (27), Trump havia determinado veto a estrangeiros , refugiados e turistas de sete países: Síria, Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Somália e Sudão. A decisão por tempo indeterminado foi anunciada após o presidente assinar duas ordens executivas durante sua primeira visita ao Pentágono , sede do Departamento de Defesa norte-americano. As fronteiras do país também ficarão fechadas por 120 dias para outros refugiados.
Ao assinar as ordens executivas, Donald Trump lembrou o atentado de 11 de setembro. "Não esquecemos as lições do 11 de setembro", afirmou Trump durante a assinatura das ordens, relembrando o atentado terrorista que deixou mais de três mil mortos nos Estados Unidos.
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