Esta quinta-feira (19) é o último dia dos oito anos de governo do presidente dos EUA Barack Obama, que passará o cargo para o presidente eleito Donald Trump nesta sexta-feira (20). Essa será uma das trocas mais "dolorosas" para o povo americano.
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Isso porque, de acordo com uma pesquisa realizada pela CNN, Obama deixa o poder sendo um dos presidente norte-americanos mais amados pelo povo que governou. Em contrapartida, Trump é o líder político com a maior rejeição registrada nos EUA nos últimos 40 anos.
Segundo a pesquisa, das mil pessoas entrevistadas por telefone entre os dias 12 e 15 de janeiro, cerca de 60% aprovam a forma como Obama governou o país. Esta é a maior popularidade que Obama registrou desdejunho de 2009, seu primeiro ano no poder.
A popularidade do primeiro presidente negro dos Estados Unidos não é só maior que a do magnata republicano que o substituirá. Em questão de aprovação, Obama só perde para Bill Clinton – em 2001, com 66% de aprovação – e Ronald Reagan – em 1989, com 64%.
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Além disso, 65% dos entrevistados classificaram Obama como um "sucesso".
Já a primeira-dama Michelle Obama registrou 69% de popularidade, o maior índice desde 2012, o mesmo resultado adquirido em janeiro de 2009, antes da primeira posse do marido.
Rejeição de Trump
Obama deixará a Casa Branca na próxima sexta-feira (20), quando o republicano Donald Trump assumirá o cargo de presidente da maior potência mundial. O magnata prestará juramento com a popularidade mais baixa registrada em 40 anos em decorrência de suas polêmicas promessas de campanha.
Dados divulgados nesta terça-feira (17) pelo jornal The Washington Post e e pela rede ABC afirmam que a popularidade de Trump não supera os 40%, enquanto 54% dos eleitores matêm sentimentos contrários ao magnata. Antes de tomar posse, o democrata Barack Obama tinha uma aprovação de 79%. Já o republicano George W.Bush tinha 62% e o também democrata Bill Clinton, 68%.
A pesquisa, porém, destaca que, apesar da impopularidade, a maioria dos norte-americanos demonstra otimismo em relação à gestão de Trump e ao cumprimento de suas promessas de campanha, como a retomada do crescimento econômico e a luta contra o terrorismo. Os maiores pontos de crítica a Trump se referem ao escândalo dos ataques de hackers que teriam partido da Rússia e suas relações com Moscou.
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Vencedor das eleições presidenciais de novembro nos EUA contra a candidata democrata Hillary Clinton, Trump logo reagiu à pesquisa no Twitter. "As mesmas pessoas que fizeram as pesquisas eleitorais falsas, e estavam erradas, agora fazem rankings de aprovação. São manipulados, como antes", escreveu o magnata.
* Com informações da Agência Ansa.