Culpado pelo assassinato de nove pessoas, Dylann Roof, de 22 anos, foi condenado à pena de morte nesta terça-feira (10). O jovem é culpado pelo massacre de nove negros em uma igreja de Charlestone, na Carolina do Sul, Estados Unidos, em junho de 2015.
+ Negros têm mais chances de serem assassinados no Rio do que brancos
Em seu julgamento, o autor do massacre foi considerado culpado por 33 crimes pelo júri, entre eles assassinatos, crimes de ódio e obstrução de prática religiosa. Depois de três horas de deliberação, os jurados chegaram ao veredicto.
Durante todo o processo, Roof não demonstrou qualquer forma de remorso e admitiu, inclusive, que gostaria de originar uma “guerra racial”. Ele afirmou também que suas vítimas “pertenciam a uma raça inferior”.
+ "Descobri o que era ser negra": como africanos veem o preconceito no Brasil
O jovem supremacista disse se arrepender apenas dos “problemas” que causou às suas famílias e, em sua defesa, apelou para que os jurados votassem pela prisão perpétua e não pela sentença de morte. Em uma tentativa de justificar seus crimes, afirmou sentir ódio por pessoas negras.
O crime
Era aproximadamente 21h do dia 17 de junho de 2015 quando Dylann Roof chegou à Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma igreja dos anos 1.800 frequentada principalmente por negros.
Ele sentou ao lado dos fiéis por aproximadamente uma hora durante uma leitura bíblica e, quando todos fecharam os olhos para uma última oração, Roof abriu fogo. No total, foram disparados 77 tiros. Em sua confissão, ele afirma que foi difícil atirar em todos, já que se esconderam embaixo de móveis conforme os disparos continuavam.
+ Vereador do MBL quer fim das cotas raciais e do Dia da Consciência Negra
O jovem deixou apenas uma das pessoas que estava na igreja viva. Polly Sheppard, de 72 anos, se escondeu embaixo de uma mesa e assistiu ao massacre. Roof se aproximou dela e perguntou se já havia disparado contra a senhora. Quando ela respondeu que não, ele disse que não atiraria, pois precisava que alguém contasse a história.
As nove vítimas tinham entre 26 e 87 anos. Entre elas estava o reverendo Clementa Rickney, que também era senador e amigo próximo de Barack e Michelle Obama. Roof afirmou que queria matar pessoas negras e escolheu realizar o massacre na igreja por considerar o ambiente seguro.
*Com informações de ANSA Brasil