Tiros de arma de fogo foram disparados nesta terça-feira (10) em frente a uma delegacia de polícia em Gaziantep, no sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Segundo a agência Dogan , um agente ficou ferido e o atirador, que supostamente trabalhava como um homem-bomba, foi morto ao tentar invadir o local com explosivos.
Nos últimos meses, a Turquia
foi alvo de diversos atentados terroristas, atribuídos principalmente ao grupo jihadista Estado Islâmico e a rebeldes curdos.
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Gaziantep, a poucos quilômetros da fronteira síria, é uma das cidades mais expostas a ataques. Em agosto, um suposto kamikaze do Estado Islâmico
explodiu o próprio corpo durante um casamento curdo no município e deixou quase 60 mortos.
No primeiro dia de 2017, um atentado a tiros contra uma casa noturna em Istambul fez 39 vítimas.
Ao menos 600 pessoas celebravam a virada do ano nas primeiras horas de domingo na Reina quando o homem abriu fogo. O terrorista matou primeiro um segurança e um agente de viagens ainda do lado de fora e, em seguida, entrou na boate. Segundo a mídia local, ele disparou 180 balas ao longo de sete minutos antes de fugir, deixando sua arma para trás.
O terrorista foi identificado como Abdulkadir Masharipov, um cidadão uzbeque que teria ligação com o Estado Islâmico.
Estado de emergência
Para acelerar o processo de busca do atirador da boate em Istambul, o parlamento turco votou a favor da prorrogação do estado de emergência por mais três meses na Turquia. A medida permite que o governo limite as liberdades e os direitos individuais e restrinja informações sobre ataques e atentados .
O estado de emergência havia sido instituído em julho do ano passado após uma tentativa de golpe de estado ter falhado e levou à prisão mais de 40 mil pessoas supostamente envolvidas no golpe.
Tal medida já levou à detenção de pelo menos 37 mil pessoas e causou preocupação na União Europeia. Prorrogado pela segunda vez, o estado de emergência na Turquia expiraria no dia 19 deste mês.
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A Turquia combate o grupo jihadista na Síria, mas também usa as operações para bombardear milícias curdas.
* Com informações da Agência Ansa.