Um tunisiano foi preso nesta terça-feira (10) pela polícia da italiana em operação anti-terrorismo na região de Lácio, centro do país. Saber Hmidi tem 34 anos e é suspeito de ser filiado ao Ansar Al-Sharia, organização terrorista que atua principalmente na Tunísia e na Líbia e tem ligação com a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Além disso, Hmidi teria tentado recrutar presos de seis presídios para os quais foi enviado nos últimos seis anos.

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De acordo com a Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Roma, Saber Hmidi chegou à Itália em 2008 e se casou com uma italiana logo em seguida. A Divisão afirma que o terrorista em potencial tem uma “capacidade particular” de “doutrinar os companheiros de detenção”. O tunisiano atualmente cumpre pena por outro crime cometido no presídio de Rebibbia, em Roma, onde recebeu a ordem de custódia.

No tempo em que cumpriu pena, Hmidi foi descrito como uma pessoa violenta, ameaçando cortar a cabeça dos guardas caso 'não o agradassem' e declarando que, uma vez em liberdade, iria “para a Síria combater com meus irmãos muçulmanos”. O homem está sob investigação por associação a grupo com finalidade de terrorismo internacional e por estragar a ordem democrática por participar de organização extremista desde 2014.

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De acordo com informações do Sindicato Autônomo da Polícia Penitenciária (Sappe), "Saber Hmidi manifestou atitudes coerentes com a ideologia do Estado Islâmico mediante a agressões dentro dos muros [da penitenciária] e com o propósito de estar pronto para voltar à zona de combate para absolver o Jihad [guerra santa muçulmana armada contra os inimigos do Islã]". 

O suspeito passou a ser investigado pelo Núcleo Investigativo Central (NIC) depois que o Digos de Roma revistou a casa do tunisiano. Na residência, foram encontrados documentos de identidade falsos, uma bandeira do grupo Ansar al-Sharia e vários celulares e outros aparelho eletrônicos ilegais. A partir da revista o NIC reuniu evidências do perigo que Hmidi representa e demonstrou que o recrutamento feito por ele poderia ter originado novos protagonistas de ataques terroristas na Itália.

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*Com informações da Ansa Brasil

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