O caminhão foi usado por terrorista do Estado Islâmico em atentado a Berlim que deixou 12 pessoas mortas e 48 feridas
Reprodução/ GloboNews
O caminhão foi usado por terrorista do Estado Islâmico em atentado a Berlim que deixou 12 pessoas mortas e 48 feridas

O caminhão usado no atentado a Berlim pode virar peça de exposição em museu da Alemanha. O Museu de História Contemporânea em Bonn, antiga capital da Alemanha Ocidental, demonstrou interesse em exibir o caminhão em algum momento do futuro.

Em 19 de dezembro, Anis Amri, homem ligado ao grupo extremista Estado Islâmico,  usou o caminhão para realizar um ataque a um mercado de Natal em Berlim. Durante o atentado, 12 pessoas morreram e outras 48 foram feridas.

Por mais que o museu queira adicionar o veículo à sua coleção, de acordo com o jornal europeu “Politico”, a diretoria acredita ser cedo demais para tomar uma decisão. “A investigação ainda está em andamento. Nós também precisamos de uma maior distância [do evento] para fazer a escolha certa”, disse Hans Walter Hütter, presidente do Museu.

Hütter ainda ressalta que o caminhão não seria exibido pela perspectiva do agressor e não seria objeto de glorificação ao terrorismo, mas sim representação de um tema de relevância social. “É parte da nossa história, quer a gente goste ou não.”

O diretor alega estar estudando de que forma o Museu pode integrar o terror criado na Alemanha pelo Estado Islâmico à coleção e afirma que o sentimento das vítimas do ataque em Berlim deve ser levado em consideração antes de qualquer exibição.

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De acordo com Hütter, seria difícil alojar o todo o veículo no Museu por causa de suas dimensões. “O caminhão inteiro é provavelmente grande demais. Seria melhor pensar em só uma parte específica.”

O Museu é conhecido por manter em seu acervo objetos que marcaram a história desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre as peças em exposição estão veículos de aliados de Hitler, uma arma da Fração do Exército Vermelho e uma Kombi usada pelo movimento da paz nos anos 70.

11 de setembro

Apesar de também estar ligado a um ato terrorista, o museu e memorial em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, nos Estados Unidos, têm um foco diferente, priorizando a memória de quem perdeu a vida naquele dia.  

Quase três mil pessoas morreram após aviões serem sequestrados por terroristas da Al Qaeda e se chocarem contra as Torres Gêmeas, edifícios-símbolo do país. O memorial foi construído no local onde ficavam os prédios e inaugurado dez ano após o atentado.

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O museu exibe pedaços das torres, itens pessoais das vítimas, vestuário e equipamento dos bombeiros que trabalhavam no resgate e outras peças relacionadas ao atentado. Além disso, é possível consultar o perfil das vítimas.

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