
Nesta terça-feira (21), o presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que prevê a saída do país do Acordo de Paris. Ele repete a ação que tomou no seu primeiro mandato em 2021 e, agora, volta a estar ao lado do Irã, Líbia e Iêmen, os únicos países fora do pacto.
Trump retira o país do acordo logo após 2024 ter sido o ano mais quente já registrado pela humanidade, e seguido de incêndios florestais devastadores em Los Angeles. No entanto, segundo o governo americano, deixar o Acordo de Paris poupará US$ 3 bilhões (R$ 18 bilhões).
A medida, amplamente criticada pelas autoridades ambientais, significa que a nação americana não estará mais empenhada em lutar contra as mudanças climáticas.
Entenda, a seguir, o que é o Acordo de Paris, seus objetivos e importância para o mundo.
O que é o Acordo de Paris?
O Acordo de Paris é um tratado internacional sobre as alterações climáticas, que representa o compromisso conjunto de diversas nações no enfrentamento aos desafios do aquecimento global, mais especificamente, o aumento da temperatura média em relação à era pré-industrial.
Ele foi aprovado em dezembro de 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Qual o objetivo?
O maior objetivo do Acordo de Paris é impedir que a temperatura média global aumente 2 °C em relação aos níveis pré-industriais.
Essa ação ajudaria a minimizar os impactos sociais, econômicos e climáticos decorrentes da destruição ambiental.
Para isso, os países signatários devem:
- Estabelecer metas climáticas nacionais (Contribuições Nacionalmente Determinadas – NDCs) que reflitam ações para reduzir emissões;
- Revisar e atualizar essas metas a cada cinco anos;
- Mobilizar recursos financeiros para países em desenvolvimento enfrentarem desafios climáticos, com a meta de alocar US$ 100 bilhões anuais até 2025;
- Promover adaptação às mudanças climáticas e fortalecer a resiliência de comunidades e ecossistemas.
Os EUA serão punidos?
Não, porque não há uma punição pré-estabelecida para países que não aderirem ou deixarem o pacto. Entretanto, há chances de acontecerem punições financeiras, por meio de acordos ou sanções comerciais.