Uma espécie de enorme peixe do Rio Mekong , na Ásia, que os cientistas consideravam estar praticamente extinto , foi visto por três vezes recentemente depois de quase 20 anos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (22).
Conhecido como “peixe fantasma” , uma carpa-salmão-gigante, é típico do Rio Mekong, no norte do Camboja , Laos e Tailândia e pode chegar a medir até 1,3 metro de comprimento e 30 kg de peso. Símbolo da região, uma faixa amarela ao redor dos olhos é a sua principal característica.
O estudo, publicado no periódico Biological Conservation, documentou três avistamentos do peixe entre 2020 e 2023. Os biólogos contam com as comunidades pesqueiras locais ao longo do Rio Mekong para relatar quaisquer avistamentos.
As comunidades pesqueiras notaram três avistamentos, dois ao longo do Rio Mekong e um em um riacho separado no Camboja. Todos os três foram encontrados fora de sua área de distribuição típica.
"Significa que não é tarde demais"
Os pesquisadores compraram os peixes, sendo que os do Rio Mekong mediam de 60 a 90 centímetros de comprimento cada.
“Eu estava procurando por ele desde então, meio fascinado por ele, porque é um peixe gigante muito incomum. Eu pensei que ele provavelmente estava extinto, e então ouvi que ele tinha sido encontrado novamente. Eu estava esperando por essa notícia há 20 anos,” disse Zeb Hogan, um biólogo de peixes da Universidade de Nevada, Reno, que estava envolvido com o estudo, disse. “É um sinal de esperança. Significa que não é tarde demais.”
O desaparecimento original do peixe, no entanto, ainda representa uma preocupação maior quanto ao futuro de outras espécies migratórias na região, especialmente aquelas vítimas da poluição industrial e da pesca predatória.
Mais de 700 represas foram construídas ao longo do rio, deixando “passagens de peixes” limitadas para ajudar as espécies a manobrar em torno dos bloqueios. A invasão do rio levou quase um quinto dos peixes quase à extinção, de acordo com um relatório publicado pela Conservation International em março.
As informações são do New York Post.