Uma empresa de biotecnologia sediada em Dallas, nos Estados Unidos, está quase concluindo o seu projeto de “reconstrução” de um animal extinto há décadas, o tigre da Tasmânia – também conhecido como lobo da Tasmânia . O último espécime conhecido morreu em cativeiro em setembro de 1936. Desde então, nenhum outro animal do tipo foi avistado, apesar das inúmeras expedições realizadas.
De acordo com informações do New York Post, a empresa por trás deste esforço de ressuscitar o tigre da Tasmânia, a Colossal Biosciences, restaurou 99,9% do genoma do animal, restando apenas 45 lacunas do código genético, que eles garantem que serão fechadas em breve.
O genoma do tilacino foi sequenciado pela primeira vez em 2017 a partir dos restos de uma bolsa de tigre da Tasmânia de 107 anos preservada em álcool. No entanto, havia muitas lacunas genéticas para ser viável.
Possível renascimento
A partir daí, a empresa usou um dente de tilacino de 120 anos para recuperar mais material genético e preencher as lacunas. “A maioria das amostras antigas preserva fragmentos de DNA que têm cerca de dezenas de bases de comprimento, centenas se tivermos sorte”, disse Andrew Pask, da Universidade de Melbourne, na Austrália, membro do conselho consultivo científico da Colossal, a uma revista científica.
“A amostra que conseguimos acessar estava tão bem preservada que conseguimos recuperar fragmentos de DNA com milhares de bases de comprimento”, completou.
O possível renascimento do tigre da Tasmânia foi anunciado originalmente em agosto de 2022. Ele pretende fazer isso implantando o genoma finalizado em um óvulo de um dasyuridae — uma família de mamíferos marsupiais que são os mais próximos do tigre.
O primeiro grupo seria criado em terras privadas até que a espécie se estabilizasse o suficiente para ser reintroduzida em seu habitat.