Depois de impulsionar o aumento nas temperaturas e das ocorrências climáticas ao redor do mundo, o fenômeno El Niño deve acabar nas próximas semanas, segundo as previsões divulgadas nesta segunda-feira (3) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
De acordo com a OMM, a transição para o fenômeno climático oposto, o La Niña, acontecerá nos próximos meses . A probabilidade, calculada em 50% para o período entre junho e agosto, intensifica-se no fim do ano, chegando a 70% entre agosto e novembro.
Os dados da OMM vão ao encontro ao levantamento da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), que indica probabilidade de 49% do La Niña ocorrer entre junho e agosto deste ano, com 69% de chance de se estabelecer de julho a setembro.
Em nota, o secretário-geral adjunto da OMM, Ko Barrett, relembra que 2023 foi o ano mais quente da história, e adiciona que "o fim do El Niño não significa uma pausa nas alterações climáticas a longo prazo, uma vez que o nosso planeta continuará a aquecer devido aos gases com efeito de estufa que retêm o calor".
Enquanto 'o menino' superaquece as águas do pacífico, o La Niña causa o efeito contrário: há uma redução da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, o que também altera os padrões de precipitação e temperatura globais, especialmente nos trópicos.
A OMM ainda não forneceu dados sobre a intensidade e duração do próximo La Niña, que pode se estender por meses e até anos.
Brasil
No Brasil, os prováveis efeitos do La Niña já foram levantados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em nota técnica, o Cemaden afirma que a região entre os estados de Minas Gerais e Bahia, além do estado do Amapá, devem registrar chuvas acima da média. A região Sul tem o cenário oposto, com baixa nas precipitações.
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