Nesta quinta-feira (25), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o Brasil vive "um momento difícil" para a pauta ambiental. Durante a posse do presidente do ICMBio, Mauro Pires, ela disse que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representa um contraponto à gestão do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).
"Estamos vivendo um momento difícil. Esse é o momento das árvores fortes se colocarem na frente para proteger o que é essencial", afirmou Marina, dizendo que a posse de Pires só foi possível pela vitória de Lula na presidência.
Nessa quarta-feira (24), a ministra criticou a responsabilidade da demarcação de terras indígenas do Ministério dos Povos Indígenas ser passada à pasta da Justiça, assim como a perspectiva de esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente.
Marina também vem defendendo a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), sob liderança de Rodrigo Agostinho. O presidente do órgão, atualmente, é alvo de críticas do Congresso e de autoridades do Norte do país, após o Ibama negar uma licença solicitada pela Petrobras para perfuração de um poço de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá.
A área técnica do Ibama já havia divulgado um parecer contra a perfuração na região litorânea. No entanto, o presidente do órgão, acompanhou o parecer.
De acordo com o documento, o plano da estatal para a perfuração da área não apresentava garantias que atendessem à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo, por exemplo. Além disso, outro ponto destacado foram as lacunas em relação à previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.
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