Ibama nega pedido para Petrobras explorar petróleo na Foz do Amazonas

Área tem potencial de exploração de 14 bilhões de barris de petróleo

Blocos de exploração localizados na bacia sedimentar da Foz do Amazonas
Foto: Divulgação/Ibama - 18.05.2023
Blocos de exploração localizados na bacia sedimentar da Foz do Amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou nesta quarta-feira (17) uma licença solicitada pela Petrobras  para perfuração de um poço de petróleo na bacia da Foz do Amazonas , no Amapá. 

A área técnica do Ibama já havia divulgado um parecer contra a a perfuração na regição litorânea. No entanto, agora, Rodrigo Agostinho, presidente do órgão, acompanhou o parecer.

De acordo com o documento, o plano da estatal para a perfuração da área não apresentava garantias que atendessem à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo, por exemplo. Além disso, outro ponto destacado foram as lacunas em relação a previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.

"Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, escreveu.

"Há ecessidade de se retomar ações que competem à área ambiental para assegurar a realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias sedimentares que ainda não contam com tais estudos e que ainda não possuem exploração de petróleo, no prazo mais breve possível”.

Atualmente, a Margem Equatorial Brasileira tem potencial de exploração de 14 bilhões de barris de petróleo. Sua extensão pega a região litorânea do Amapá até o Rio Grande do Norte.

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