O Ibama voltou a negar que o influencer Agenor Tupinambá seja ribeirinho e reforçou a ilegalidade da exploração de animais silvestres em suas redes sociais.
O analista Roberto Cabral, fiscal do órgão , divulgou um vídeo em que lista diversos animais criados por Agenor, incluindo capivaras, preguiças, jiboias, pacas, araras, papagaios, corujas e aranhas. Segundo Cabral, duas capivaras e uma preguiça chegaram a morrer em cativeiro.
O jovem ficou conhecido por exibir nas redes sociais sua rotina com uma capivara filhote. Agenor Tupinambá foi multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil. e denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal.
O tiktoker também foi notificado a retirar todas as publicações onde aparecem os animais silvestres seus perfis nas redes sociais.
"Não se trata apenas de uma capivara a discussão sobre isso. Se trata de outra capivara, que teria morrido; de duas preguiças, sendo que uma delas morreu; de duas jiboias; de uma paca; de uma arara; dois papagaios; uma coruja; uma aranha", afirmou o analista do Ibama.
Roberto Cabral enfatizou que Agenor Tupinambá não é um ribeirinho e sim um fazendeiro, biombo herdeiro e influenciador digital com milhares de seguidores, o que o torna conhecedor das leis.
O fiscal ainda apontou que Agenor estuda agronomia em Manaus, onde há uma unidade do Ibama, e poderia ter procurado o órgão para regularizar a situação dos animais.
Em nota divulgada nas redese sociais, o Ibama disse que a capivara vai ficar com Agenor até sua soltura em uma unidade de conservação previamente selecionada, que abriga outros indivíduos da espécie.
O órgão também repudiou o que chamou de " intimidação praticada contra seus servidores , em uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do Instituto no cumprimento da legislação ambiental".
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.