O peixe-leão, uma espécie altamente venenosa, foi encontrada no litoral oeste do Ceará durante uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Segundo a instituição, o peixe foi encontrado nas praias de Jijoca de Jericoacoara, Camocim, Preá e Acaraú. O estudo realizado aponta o risco da espécie predar outros peixes.
Mesmo sendo um peixei bonito e que chama atenção pelos seus espinhos, a espécie é prejudicial para o turismo, pesca e economia. De acordo com o Labomar, ele pode soltar veneno pelas nadadeiras dorsais, não possui predadores naturais e se reproduz rapidamente.
A pesquisa mostrou a presença das espécies em água rasa, muito frequentada por banhistas, que devem tomar cuidado ao entrar no mar. Além disso, ele foi identificado em unidades de conservação ambiental, como é o caso da Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba, no Piauí, e no Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará.
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“É muito preocupante que esses registros sejam em ambientes rasos porque pode significar que o peixe-leão já está espalhado por outras regiões do País”, afirmou o professor Marcelo Soares, líder do estudo.
O peixe-leão é considerado uma das espécies invasoras de maior risco global. Ele é uma grande ameaça por ser predador de outros peixes e invertebrados marinhos, podendo causar elevados prejuízos ambientais e socioeconômicos, principalmente em regiões que dependem do turismo e da pesca.
Em caso de aparições, o Labomar explica que o procedimento correto é repassar os dados através do Sistema Integrado de Manejo de Fauna (SIMAF) do IBAMA ou entrar em contato com o Programa Cientista-Chefe da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) do Ceará.
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