Vice-presidente Hamilton Mourão
Bruno Batista /VPR
Vice-presidente Hamilton Mourão

Nesta terça-feira (6), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que cerca de três mil militares das Forças Armadas serão colocados para atuar em ações de apoio e combate ao desmatamento na Amazônia . Mourão é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal e se reuniu com alguns ministros para apresentar informações sobre a "Operação Samaúma". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Nós vínhamos numa trajetória muito boa até o final do mês de abril. Após a saída das Forças Armadas, houve um aumento significativo do desmatamento, principalmente no mês de maio. Os índices foram bem elevados", disse Mourão. De acordo com ele, a nova meta é reduzir entre 10% e 12% o índice de desmatamento verificado de julho do ano passado a agosto deste ano, em relação a julho de 2019 a agosto de 2020.

O vice-presidente afirmou que a atuação dos militares nas ações tem retardado o efeito de desmatamento e incêndios na região. Segundo ele, quando os militares deixaram a Amazônia no fim de abril, houve aumento do desmatamento.

"Vamos atuar em força neste mês de julho, de modo que a gente feche o ciclo com uma redução na faixa de 10%, 12%. O ponto focal é que todas as agências cooperem para que haja uma sinergia nesse negócio. A gente tem que chegar ao final do mês de julho com uma redução de 1 mil quilômetros quadrados de desmatamento. É um objetivo factível", disse ele.

De acordo com o Estadão , o índice de desmatamento em unidades de conservação federais obteve um aumento de 312% em maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As florestas protegidas e fiscalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), registraram 11.296 hectares de desmatamento, aumento relevante em relação a maio de 2020, com 2.741 hectares.

Para chegar à Conferência do Clima (COP-26), Mourão disse que o governo precisa de números melhores. Ele destacou a contratação temporária de mais de mil brigadistas pelo Ministério do Meio Ambiente, que passou a contar com 3,2 mil em ações em campo, segundo ele.

Ainda conforme o jornal, as ações da Operação Samaúma ocorrerão nos 26 municípios que têm maior quantidade anual de alertas de desmatamento:

  • Amazonas (Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã);
  • Mato Grosso (Apiacás, Aripuanã, Colniza, Cotriguaçú, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo e Paranaíta);
  • Pará (Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão);
  • Rondônia (Candeias do Jamari, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D’Oeste e Porto Velho).

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