De acordo com a presidente da Fiocruz, combate ao Aedes aegypti pode ser o maior desafio enfrentado hoje pela saúde
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De acordo com a presidente da Fiocruz, combate ao Aedes aegypti pode ser o maior desafio enfrentado hoje pela saúde

A presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (31) que é praticamente impossível acabar com o  Aedes aegypti atualmente. O mosquito é vetor da dengue, zika e chikungunya e também tem capacidade de transmitir febre amarela nos centros urbanos – algo que não ocorre no Brasil desde 1942.

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A afirmação foi feita pela presidente em seminário sobre febre amarela e monitoramento de primatas no Rio de Janeiro, evento organizado pela Fiocruz. “O combate ao Aedes aegypti talvez seja o maior desafio da saúde pública, afinal, existe uma série de fatores que deveriam ser realizados para que esse combate fosse de fato eficiente e acabasse com o vetor dessas doenças. Hoje, é praticamente impossível acabar com ele.”

“Por isso estamos aqui falando de controle de endemias, políticas sistemáticas de monitoramento, etc. O verão é a ocasião perfeita para a reprodução desse inseto, mas o combate tem que ser o ano inteiro, monitorando a saúde como uma só, tanto de seres humanos como de animais, já que os primatas fazem parte do ciclo silvestre da febre amarela”, afirmou Nísia.

Sobre o surto de febre amarela, a especialista se mostrou tranquila. “É importante salientar que o cenário não é de desespero. Temos vacina suficiente para aplicarmos naqueles que necessitam , e os que não precisam, peço que, por favor, não façam uso da medicação, pois estarão retirando do público-alvo”, reforçou.

O subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, reiterou a recomendação da presidente da Fiocruz quanto ao uso da vacina e relembrou que, atualmente, o estado do Rio de Janeiro não demonstra sinais de febre amarela.

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“O povo do estado do Rio pode ficar tranquilo quanto a isso. Claro que estamos alertas, afinal, um dos nossos estados vizinhos está passando por um surto da doença, mas no nosso não existe nenhum indício da febre amarela”, assegurou.

“O que estamos realizando são ações de prevenção, como um cinturão de vacinas em cidades que ficam na divisa com Minas Gerais, e oferecendo a medicação para aqueles que viajarão, com um prazo de dez dias de antecedência, para Minas. Temos vacinas o suficiente para dar conta de toda essa demanda, contanto que a sociedade colabore e não vá ao posto de saúde procurando se vacinar sem necessidade”, disse Chieppe.

Por enquanto, o mosquito Aedes aegypti só transmite zika, dengue e chikungunya no Brasil. Já o surto de febre amarela que ocorre em Minas Gerais está sendo causado pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes ..

*Com informações de Agência Brasil

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