Desde novembro de 2015, quando o Ministério da Saúde iniciou as investigações entre o vírus da zika e anomalias em fetos, pelo menos 327 crianças tiveram suas mortes relacionadas ao vírus.
Leia também: Até abril, Brasil registrou 40 mortes por dengue, diz Ministério da Saúde
Outras 53 mortes foram classificadas como “prováveis”, por não ser possível realizar testes mais precisos. Entre os óbitos ligados ao vírus da zika , estão crianças que primeiro desenvolveram a anomalia, mas não resistiram com o passar do tempo.
Até maio deste ano, há confirmação de 3.194 casos de alterações no crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas à infecção pelo vírus da doença e outras origens infecciosas. Há ainda 156 mortes por zika em processo de apuração.
De janeiro a 9 de junho deste ano, foram registrados 4.571 casos prováveis de Zika em todo país, uma redução de 66,3% em relação ao mesmo período de 2017 (13.558). Segundo os dados do Ministério da Saúde, houve uma morte confirmada neste período e 156 estão em processo de investigação.
O Sudeste apresentou o maior número de casos (1.491), seguido pelas regiões Nordeste (1.187), Centro-Oeste (1.153), Norte (709) e Sul (31). Os cinco estados com maior número de casos notificados são Pernambuco (16,7%), Bahia (16,1%), São Paulo (9,4%), Paraíba (7,1%) e Rio de Janeiro (7,1%).
Situação do vírus da zika no Brasil
Desde 2015, dos casos com investigação concluída, 7.286 foram descartados; 3.194, confirmados; 506, classificados como prováveis para relação com infecção congênita durante a gestação; e 360, inconclusivos.
Você viu?
O vírus Zika apareceu em 2015 e trouxe de volta para o centro do debate um velho inimigo da saúde pública no país: o mosquito Aedes aegypti . Antes conhecido como mosquito da dengue, ele passou a ser ainda mais temido após a descoberta de que também transmite o Zika.
Surtos de dengue, zika e chikungunya
Em junho, uma pesquisa feita com o apoio do Ministério da Saúde apontou que novos surtos de dengue, zika e chikungunya estão previstos em mais de mil cidades do Brasil
. Essa é a previsão do novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti
(LIRAa). Segundo a análise, 1.153 municípios apresentaram um alto índice de infestação, o que preocupou as autoridades.
A pasta alerta sobre a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti , mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, mesmo durante o outono e inverno, em todo o País.
Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente. Para saber quais cidades podem ter surtos clique aqui.
“O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto.
Leia também: Dengue pode ser transmitida por meio de relações sexuais, aponta estudo
Segundo o secretário, a continuidade das ações é importante para manter baixos os índices de infestação e infecção pelo vírus da zika , dengue e chikungunya, justamente para quando chegar a época de maior proliferação. “Assim será possível manter a redução do número de casos”, explicou o secretário.
*Com informações da Agência Brasil