Pesquisa releva por que 60% das brasileiras não denunciam casos de assédio sexual no trabalho
Taís Ilhéu
Pesquisa releva por que 60% das brasileiras não denunciam casos de assédio sexual no trabalho

De acordo com a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública , os casos de assédio sexual no Brasil cresceram 49,7% em 2022, chegando a 6114. O número, por si só, já é assombroso, mas vale lembrar que esses são os casos reportados, ou seja, as denúncias. O assédio e a importunação sexual, assim como outras formas de violência contra a mulher, são mascarados pela subnotificação, já que muitas vítimas não denunciam seus agressores. Quando o assédio acontece dentro do ambiente de trabalho, o medo de ser prejudicada na carreira ou de ser desacreditada são algumas das razões para o silêncio.

É isso que indica o mais recente relatório Women @ Work , lançado anualmente pela consultoria Deloitte. Depois de escutar 5 mil mulheres de 10 diferentes países, incluindo o Brasil, a pesquisa apontou que 40% das brasileiras dizem já ter sofrido assédio sexual no trabalho. Entre elas, 60% não denunciaram o caso.

+ Por que a violência contra a mulher ainda persiste?

O estudo investigou as razões que levam estas mulheres a se calarem sobre o assédio sofrido, e chegou às seguintes conclusões:

  • A razão mais citada é que não acreditavam que o caso era grave o suficiente para ser reportado;
  • 14% temiam que o assédio pudesse piorar;
  • Uma em cada dez tinha medo de que a denúncia pudesse ameaçar sua carreira.

Em relação à primeira razão, as especialistas de Diversidade e Inclusão envolvidas no estudo afirmaram em entrevista ao G1 que muitas mulheres tem dificuldade de identificar quando foram vítimas de assédio, já que ele é banalizado no ambiente de trabalho. A palavra “medo” também foi frequentemente usada pelas vítimas.

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“[medo] não só de acabar com suas carreiras, mas de expô-las, mina a autoestima da vítima e a humilha, acabando com sua capacidade de resistência”, afirmam Ana Letícia Godoy e Aline Vieira , da Deloitte.

Revista debate o lugar da mulher na sociedade

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