Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio gastando menos e ainda recebendo por isso, Gabriela Krempel , 26 anos, pode ter a solução. Ela é de Uberlândia, Minas Gerais e trabalha como au pair na França há um ano. A estudante compartilhou sua rotina com o GUIA DO ESTUDANTE e deu conselhos para outros brasileiros que desejam passar pela experiência.
Gabriela escolheu o país francófono como destino da viagem depois de entrar no curso de graduação em Letras com habilitação em francês , na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) . “Gosto muito de viajar e de aprender novas línguas, juntei as duas coisas”, explica a au pair que sempre teve o sonho de morar fora, mas nunca teve condições financeiras.
Filha de mãe solo, a jovem recebeu apoio da família para ir em busca dos seus objetivos. “ A gente deu o nosso jeito e aqui estou eu, na França”, diz com orgulho a estudante que mora há um ano em Paris.
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Escolhendo ser au pair na França
Gabriela chegou na França em agosto de 2023. Ela conta que, entre as modalidades de intercâmbio e os lugares onde poderia trabalhar, o país europeu revelou ter o melhor custo-benefício.
Na modalidade au pair, o estudante trabalha como cuidador das crianças de uma família enquanto aprende o idioma do país. Durante sua estadia, recebe um salário, alimentação e moradia associados ao intercâmbio.
Segundo Gabriela, o processo de se tornar au pair na França pode ser realizado pelo próprio estudante, sendo bem menos burocrático do que nos Estados Unidos , por exemplo. Isso diminui os custos extras de lidar com uma agência de viagens e facilita a emissão do visto. Sobre a autorização, inclusive, ela deixa uma dica: atente-se a todos os documentos exigidos no dossiê e não se esqueça de nenhum para ter o visto liberado.
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Os sabores e dissabores de viver como au pair
Para a estudante, os desafios são variados. Entre eles, e star longe da família, da rede de apoio e dos seus amigos, enfrentar um clima diferente do que você está acostumado no seu país de origem e se adaptar a uma cultura nova são os principais.
Apesar de ter economizado ao fazer o processo todo do intercâmbio sem uma agência, Gabriela assume que essa opção oferece riscos. “ Eu dei muita sorte de vir para uma família boa, mas vi muitas amigas que foram para famílias muito ruins”, conta a estudante. Horas extras sem remuneração e não receber suporte para os gastos com alimentação são algumas situações relatadas por essas pessoas.
A estudante mineira também tirou a sorte grande por poder morar sozinha, em um apartamento custeado por seus chefes. Em Paris, essa modalidade é mais comum devido ao tamanho das residências. Um outro privilégio de viver na França, segundo ela, é poder conhecer outros países da Europa como a Alemanha e a Holanda , apenas com uma passagem de trem.
“Eu vim com a noção de que não era um conto de fadas”, frisa Gabriela, mas não deixa de se maravilhar com a vida na Cidade Luz. “Às vezes eu vou pegar transporte público e estou vendo a Torre Eiffel”, conta a au pair que está feliz com a troca cultural e a oportunidade de se desenvolver fora da sua zona de conforto .
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Conselhos para quem deseja ser au pair na França
O conselho principal de Gabriela para os estudantes é saber seus direitos e se colocar em primeiro lugar. Além disso, ser pé no chão também é essencial, sabendo que está fazendo um intercâmbio de trabalho, não apenas cultural. Mesmo indo aprender o idioma , também é necessário saber o básico de francês .
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Além disso, ela conta de jovens que afirmam ter experiência com crianças, quando na verdade não têm. Neste caso, não vale a pena se comprometer com o intercâmbio de au pair, porque esta é a habilidade mais essencial para a modalidade. Na França, você pode escolher a faixa etária e com quantas crianças deseja trabalhar, assim como o local do trabalho. Mas é preciso sorte para dar match com uma família que também goste do perfil do estudante.
“ Você vai trabalhar, então você tem que ter experiência naquilo ou estar disposta a aprender”, conclui a jovem.
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