Um projeto-piloto de inclusão digital desenvolvido no Brasil foi um dos campeões da WSIS 2024 (Cúpula Mundial pela Sociedade da Informação, na tradução do português), organizada pela União Internacional de Telecomunicações e outras agências ligadas à ONU em Genebra.
O projeto "Aprender Conectado" levou internet, capacitação de profissionais e computadores a 177 escolas de 10 cidades brasileiras, a partir do financiamento de R$ 32 milhões de recursos do leilão do 5G. No total, 30,7 mil alunos foram beneficiados.
Inicialmente, 72 'campeões' de 18 categorias em áreas de promoção tecnológica e desenvolvimento sustentável foram selecionados, entre eles o projeto-piloto brasileiro. Em Genebra, a premiação selecionou um vencedor de cada um deles - no caso, um projeto da Tanzânia. O do Brasil ficou em 2º lugar.
A premiação na Suíça aconteceu no fim de maio. O prêmio foi recebido por dois indicados dos ministros das Comunicações e da Secretaria de Relações Institucionais, da gestão petista, e uma delegação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A Anatel e pela Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace) custearam a viagem.
Desmontado pelo governo Lula
Apesar do reconhecimento, a iniciativa foi desmontada pelo governo Lula (PT) no segundo semestre de 2023. Ela foi substituída por um modelo fragmentado, que prioriza o custeio da conexão para 40 mil no período de dois anos. Os equipamentos são deixados em segundo plano, e a capacitação dos professores fica a cargo dos municípios, estados e Distrito Federal.
Para viabilizar o novo projeto, o governo criou a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), com fundo de R$ 8,8 bilhões. Destes, R$ 3,1 bilhões seriam destinados à conectividade das escolas públicas oriundos do leilão do 5G.
Segundo o MEC, a Enec engloba “diversas iniciativas e atores” para fornecer conectividade às escolas.
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