Pelo menos 687 campi estão parados
Reprodução/Instagram/Andessindicato
Pelo menos 687 campi estão parados

A greve de professores e servidores de universidades federais e de institutos federais  está prestes a completar um mês e vem ganhando cada vez mais força. Na próxima semana, mais 9 universidades devem aderir à paralisação, entre elas a Unifesp , em São Paulo, e UFBA , na Bahia.

Até o momento, segundo o  Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) , ao menos 687 campi estão parados em todo o Brasil. Entenda o cenário abaixo. 

Quando começou a greve

Os professores iniciaram a paralisação em 2 de abril, mas a greve do grupo ganhou força mesmo a partir do dia 15.  A dos servidores técnico-administrativos começou no dia 18 de março. A expectativa é que profissionais de outras universidades e institutos cruzem os braços nos próximos dias. 

Motivo do protesto

Os profissionais pedem que o governo se comprometa com um aumento salarial de 7,06% em 2024, 2025 e em 2026. Além disso, os manifestantes exigem melhora nas condições de trabalho, um melhor plano de carreira e um "revogaço" de decretos dos últimos governos.

Os servidores também querem a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino — em 2023, o governo Lula aumentou o aporte em relação a 2022. Neste ano, porém, a verba diminuiu. As instituições dizem que precisam de R$ 2,5 bilhões a mais nas contas para fecharem o ano.


Proposta do governo

Em meio ao crescimento do movimento, o governo decidiu fazer uma proposta para atender a categoria. A oferta oferecida foi de um reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026. Para este ano, a categoria continuaria com o mesmo salário. 

Revolta

Os sindicatos da categoria reprovaram a proposta do governo, classificando a oferta como "decepcionante" e "ofensiva". "A educação é dita nos discursos do governo como algo que é prioridade, mas colocam muitas dificuldades para atender nossas reivindicações", declarou Davi Lobão, coordenador nacional do Sinasefe, em entrevista ao UOL

Lula promete dialogar

No início desta semana, o presidente Lula (PT) afirmou que entende a manifestação, mas declarou que não conseguirá atender a todos os pedidos. "O pessoal estava muito, muito, muito reprimido, eles não faziam greve há muito tempo, não tinha aumento de salário há muito tempo. Nós estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras e vão ter aumento", disse

"Nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar. E nós vamos negociar com todas as categorias. Eu quero até aproveitar para dizer que ninguém será punido nesse país por fazer uma greve", acrescentou. 

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