Calouros sofrem queimaduras de 1° e 2° grau
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Calouros sofrem queimaduras de 1° e 2° grau


Cerca de vinte calouros do curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ficaram feridos durante trote realizado no campus de Palotina, na região oeste do estado. De acordo com relatos dos estudantes, as queimaduras de primeiro e segundo grau foram provocadas por creolina (uma mistura de desinfetante com germicida) jogada por veteranos do segundo ao quarto período. A cerimônia foi realizada na noite desta quarta-feira, 30, em um terreno baldio em frente à instituição. Os novatos teriam sido encurralados pelos demais companheiros de curso.

No começo da tarde, os alunos teriam percorrido as ruas da cidade para pedir dinheiro e depois sido levados para o local em onde o produto químico foi usado. De acordo com o boletim de ocorrência, eles teriam sido obrigados a se ajoelhar.Vinte e um alunos ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de Palotina. Os estudantes prestaram queixa na Polícia Civil e o delegado Pedro Lucena está à frente das investigações. Até o momento, quatro pessoas já foram identificadas e presas por lesão corporal gravíssima e constrangimento ilegal. Outros suspeitos são procurados.

Segundo o Hospital Municipal de Palotina, os alunos feridos tiveram queimaduras de 1° e 2° grau. Uma aluna, segundo a instituição, chegou a inalar o produto e desmaiou. Dos 21 estudantes encaminhados à unidade de saúde, 20 foram liberados ainda na noite de ontem. A jovem que inalou o produto teve alta nesta manhã.


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A UFPR informou que abriu um processo administrativo para apurar a responsabilidade do trote que lesionou os estudantes de medicina veterinária. Em vídeo divulgado nesta quinta-feira, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo da Fonseca, comentou o caso e afirmou que o fato é 'injustificável'.

“Apresento minha solidariedade tanto aos alunos e alunas, quanto aos seus familiares que sofreram essa violência injustificável no momento do trote. A insatisfação da universidade é imensa porque temos trabalhado continuamente nos últimos anos para que haja tolerância zero com relação a esse tipo de atitude na recepção dos nossos estudantes. Quero assegurar aos alunos e estudantes, como a toda comunidade que nós faremos uma apuração imediata e rigorosa das responsabilidades para que isso não possa se repetir”, disse o reitor.

Em nota, a instituição completou:

"Conforme a instituição, o estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone ( 41) 98402 1131 ou por meio dos endereços de e-mail [email protected] e [email protected]."

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