Quanto mais baixa a classe social dos estudantes brasileiros , menor é a demanda de atividades escolares e horas dedicadas aos estudos. Essa é a constatação dos dados organizados pela FGV Social baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 de agosto deste ano.
Cada ano de ensino médio no Brasil representa um ganho de aproximadamente 15% no salário futuro e 8% mais possibilidades de empregabilidade. Com um número cada vez maior de estudantes sem aulas e atividades, as desigualdades regionais podem gerar impactos sobre a renda dos estudantes no futuro.
Cerca de 21% dos estudantes com faixa etária entre 6 e 15 anos da classe E não tiveram tarefas escolares em agosto, em contraste com apenas 2,9% dos estudantes de classe A/B da mesma idade.
Alunos de regiões menos atendidas pelo governo estadual e municipal no quesito da educação a distância também estudam menos horas diárias que os estudantes do mesmo local que estão na classe A/B.
Segundo o FGV Social, o governo federa l também é responsável por não coordenar uma resposta a nível nacional na área de educação para evitar que houvesse perda do ano escolar.