Secretários estaduais de educação de todo o país afirmaram que vão manter a suspensão das aulas presenciais na rede. O comunicado emitido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) ressalta ainda que seguirá as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que a decisão é um "ato de responsabilidade". A rede estadual brasileira atende cerca de 16 milhões de alunos.
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Durante pronunciamento em cadeia nacional na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a reabertura de escolas e comércios e pediu o fim do "confinamento". A fala de Bolsonaro foi repudiada por entidades ligadas à área de saúde e gerou reações do Congresso.
"Manter as aulas presenciais suspensas é um ato de responsabilidade, para proteger não apenas a vida dos nossos estudantes e servidores, mas de todos que estão em seu entorno, especialmente os idosos e com doenças crônicas", diz o comunicado do Consed, que reúne secretários de todas as unidades da federação.
Outras entidades ligadas à área da educação também se posicionaram contra o discurso do presidente. Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) afirmaram que a fala de Bolsonaro representa um "enorme risco".
"Tal afirmação representa um enorme risco e um crime contra a vida da população brasileira, tanto dos mais novos quanto dos idosos. Afinal, há vários casos no mundo de jovens que morreram ou ficaram com sequelas devido à infecção do Covid-19, além de serem transmissores que têm contato com pais e avós, justamente no grupo de risco", diz o texto.