Junto à suspensão da aula na rede pública de ensino devido ao coronavírus também foi cancelada a distribuição de merenda escolar. O governo do estado de São Paulo, agora, está mapeando a situação de 800 mil alunos que vivem em extrema vulnerabilidade e dependiam da refeição nas escolas para se alimentar durante o dia. Governo busca opções para auxiliar aos estudantes mais necessitados.
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O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, explica que a ideia do governo é disponibilizar uma renda, parecida ao Bolsa Família, para esses alunos. Essa renda entraria no lugar da merenda , para auxiliar na alimentação dos estudantes, que já estão sem aulas.
“Cuidaríamos das pessoas e geraríamos renda para as comunidades, turbinando a economia local”, explicou o secretário nesta terça-feira (24) à Folha de S. Paulo . Nesse momento de crise por causa do coronavírus, a renda que substitui a merenda também seria um modo de incentivar a economia. Ela também é uma forma de auxiliar diversos pais que trabalham como autônomos e perderam sua principal fonte financeira devido ao isolamento social – uma mulher que trabalha em um cabeleireiro, por exemplo, não terá clientes enquanto as orientações forem para que as pessoas ficem em casa.
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A proposta do governo de São Paulo é defendida pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed ). Parte do financiamento para tornar esse projeto viável viria de um recurso de R$ 4 bilhões que o Ministério da Educação (MEC) distribui todos os anos para que as cidades comprem merendas. Já que as aulas foram suspensas, esse recurso não estaria sendo usado.
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Contudo, o ministro da Educação Abraham Weintraub prefere que a merenda continuem sendo distribuída nas escolas. Isso, no entanto, faria com que houvesse aglomerações em escolas, exato motivo pelo qual os governadores suspenderam as aulas, para evitar que houvesse contágio por coronavírus.