O Ministério da Educação (MEC) divulgou na tarde desta segunda-feira o número final de inscrições no Sisu : foram 3,5 milhões realizadas por 1,8 milhão de candidatos.
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O processo, no entanto, foi marcado por reclamações de estudantes. Eles questionam erros nas correções das notas do Enem e também uma mudança no sistema que, na prática, acaba com a referência da nota de corte como parâmetro para que o aluno escolha seu curso.
O Sisu desse ano foi o primeiro do novo portal. Segundo o MEC, ele ficou disponível por 91,6% do tempo. No primeiro dia, usuários reclamaram de dificuldade de acesso ao site — problema causado, de acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub , por uma demanda acima da prevista.
A região do país com o maior número de inscrições foi a Nordeste: 1.375.758. A segunda colocada, Sudeste, registrou 1.088.094. Completam a lista a Sul, a Norte e a Centro-Oeste, com 368.751, 322.954 e 302.801, respectivamente. Neste semestre, a oferta é de 237.128 vagas em 128 instituições públicas de ensino superior.
Por curso, Medicina puxou a lista do número de inscrições, com 274.190. Os dois que seguem são Administração — 190.454 — e Direito — 175.413. Os mais concorridos, ou seja, com maior número de inscrições por vaga ofertada, foram Ciências Biomédicas (145 inscrições/vaga), Educação Física (106) e Têxtil e Moda (94).
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O Sisu deste ano , segundo o governo, registrou pico de inscrições por minuto: chegou a 7 mil. Uma média de 1.571.377 pessoas acessou o portal diariamente.
Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) testou o Sisu em nuvem, fora dos servidores da pasta, para suportar mais usuários ao mesmo tempo, adaptar o site para aparelhos mobile e economizar recursos. Para 2020, a diminuição de gastos estimada é de R$ 15 milhões; nos primeiros cinco anos, R$ 25 milhões.
O Sisu é uma das formas de ingresso à educação superior com a nota do Enem. Trata-se do sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a participantes do exame. O pré-requisito é não ter zerado a redação na edição de 2019 do Enem.
Quem não conseguir uma vaga pelo Sisu, pode tentar uma vaga pelos vestibulares tradicionais. Há ainda o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferta bolsas integrais e parciais (50%) em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies), para financiar o valor da graduação.
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A divulgação do resultado do Sisu, no entanto, foi proibida pela Justiça por conta dos erros nas notas do Enem. O Governo recorre ao STJ contra a sentença.