No primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ), os mais de 5 milhões de inscritos se programaram para não perder a hora. De acordo com a programação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os portões dos 10.133 locais de prova abriram às 12h e fecharam às 13h, no horário de Brasília. Um problema no sistema de operadoras de telefonia celular, acabou adiantando o horário de aparelhos de diversas marcas, o que fez com que muitos inscritos chegassem mais cedo ao local de prova.
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Em Brasília, a estudante de ensino médio, Maria Clara Caldeira, de 18 anos chegou cedo ao local de prova - a mesma escola em que cursa o 3° ano do Ensino Médio, no Distrito Federal. Para se preparar para a prova, Maria Clara estudava cinco horas diárias por uma vaga no curso de psicologia em universidade privada na capital federal.
"Não vou tentar universidade pública porque preciso conciliar trabalho e estudo. A faculdade particular tem a grade flexível, facilita que eu consiga unir trabalho e o curso", contou ela, antes de entrar para fazer a prova.
Entre as competências avaliadas neste domingo, Maria Clara considera a redação a parte mais delicada. "Me preparei muito para essa prova e meu palpite é que o tema seja sobre evasão escolar ou a tragédia em Suzano", conta.
Já a técnica em análises clínicas, Rosimeire Silva, de 43 anos quer retomar os estudos em sua área de atuação. A profissional já foi aprovada em quatro exames em universidades federais, mas precisou abandonar os cursos por motivos familiares.
"Eu busco uma nova chance. Não estudei muito, porque afinal de contas, não há nada de conteúdo diferente das outras provas. Mas a minha expectativa é muito grande, principalmente com a redação", afirma.
Neste ano, há uma novidade, o celular ou outro equipamento eletrônico que tocar ou emitir algum som durante a prova, mesmo estando dentro dentro do envelope lacrado, levará à eliminação do candidato. A recomendação é que as baterias dos celulares sejam retiradas, pois alguns aparelhos tocam o alarme mesmo estando desligados.
Já dentro da sala, cada participante receberá a prova e deverá conferir os dados no cartão de resposta e na folha da redação. A dica é destacar, com muito cuidado, o cartão-resposta e a folha de rascunho do caderno de questões. Eles não poderão ser substituídos se forem danificados.
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Rio de Janeiro
Muita gente madrugou no Rio de Janeiro para não perder o horário de abertura dos portões nos locais de aplicação de prova.
A atendente de farmácia Jéssica Dias foi a primeira a chegar e aguardava sentada em frente ao portão de uma escola da Tijuca. O relógio do celular de Jéssica, assim como o de milhares de pessoas no país, adiantou uma hora, e ela se apressou. "Antes chegar cedo do que tarde. Vim de Uber. É a terceira vez que faço o Enem. Quero fazer faculdade de turismo ou psicologia."
Alguns candidatos vieram acompanhados dos pais, e muitos pareciam mais nervosos do que os filhos.
Foi o caso de Ana Paula Ribeiro, mãe de Taís Raquel, que quer cursar medicina ou psicologia. "Estou mais nervosa do que ela. Porque é a primeira vez dela, e eu espero que vá bem. Ela estudou muito para este objetivo. Ficava até tarde acordada, e eu, junto dela."
Outros candidatos, ao contrário, demonstravam muita tranquilidade, como Renato Duarte, que vestia uma camisa do Flamengo e tomou uma cerveja antes do portão abrir.
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Renato, que é músico, disse que é mais fácil o Flamengo ser campeão do que ele passar no Enem
. "Eu não vejo muito futuro, não. Mas o Mengão ser campeão é lógica. Enem é muita gente concorrendo. Vou fazer a minha prova do jeito que eu sei fazer. E é isso aí."