Alunos e funcionários de quatro campi da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) foram afetados nesta terça-feira (16) com o corte no fornecimento de energia elétrica. O motivo é a atraso no pagamento de seis contas de luz (quatro de 2018 e duas de 2019).
Mano cortaram a energia de todos os 5 campi da UFMT, valeu @jairbolsonaro por cortar os 30% pic.twitter.com/xPKLR0D27K
— jorge alfajor (@samaterialismo) 16 de julho de 2019
Nas redes sociais, alunos da UFMT postaram vídeos e medidas tomadas após o corte da energia elétrica. Alguns precisaram levar amostras dos laboratórios que precisam de refigeração para suas casas.
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Luz da UFMT cortada, nos estagiários saímos desperados pra pegar as amostras que estavam na geladeira do laboratório. Cada um levando um pouco pra casa. Mas só fazemos balbúrdia né pic.twitter.com/LYvlNJroaE
— Sabrina (@meninaSalem) 16 de julho de 2019
A universidade informou que uma reunião entre reitor e coordenadores vai definir como se darão as aulas a partir de quarta-feira (17). O ministro da Educação , Abraham Weintraub, se pronunciou por meio de nota, afirmando que vai adotar medidas emergenciais para a religação imediata de energia elétrica nos quatro campi.
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"O ministro tomou conhecimento da situação na última quinta-feira (11) quando chamou a reitora ao Ministério e autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para que a reitoria da UFMT, nomeada há três anos, quitasse a dívida das contas de luz com a concessionária de Mato Grosso. Os valores, herdados no governo anterior, correspondem ao montante de R$ 1,8 milhão", informa o MEC.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) cobra uma atenção do ministro e do presidente Jair Bolsonaro. A entidade também pede que os cortes previstos na educação sejam revistos e que as consequências já se mostram com o corte de fornecimento à UFMT.
Na UFMT o RU não servirá o jantar. Quem paga a conta são os estudantes! @AbrahamWeint @jairbolsonaro @mec devolvam o dinheiro da educação. pic.twitter.com/wzjWbyC9Go
— UNE (@uneoficial) 16 de julho de 2019
Em maio, o ministro Abraham Weintraub anunciou o bloqueio de 30% dos repasses do MEC às universidades federais. Segundo ele, a medida se faz necessária para que o governo consiga um contingenciamento e permita que as instituições continuem funcionando.
Alunos da UFMT foram informados que a alimentação oferecida no restaurante universitário está suspensa até que a energia elétrica volte a ser fornecida aos campi.