Fuvest já realizou a primeira experiência com o reconhecimento facial no último domingo (10)
Marcos Santos/USP Imagens
Fuvest já realizou a primeira experiência com o reconhecimento facial no último domingo (10)

A Fuvest utilizará a tecnologia de reconhecimento facial no vestibular da Universidade de São Paulo (USP) 2019 para aumentar o controle de segurança do exame e agilizar a identificação dos vestibulandos. A tecnologia substitui a coleta da impressão digital feita em papel e será somada ao uso do documento oficial e da assinatura do vestibulando.

Segundo o diretor executivo da Fuvest , Renato Freire, o investimento em segurança em todas as etapa do processo de seleção e fundamental para a confiabilidade do exame. “O reconhecimento facial eleva nosso patamar de controle sobre quem efetivamente está fazendo a prova. Pela primeira vez, esta tecnologia é usada para o controle e identificação adicional dos candidatos. É um processo fácil e não invasivo. Substitui com vantagens o uso de métodos como impressão digital”, explica Freire.

Ao realizar a inscrição no vestibular, o candidato envia uma foto que fica armazenada no banco de dados do vestibular. Esta foto e as imagens coletadas nos dias das provas serão confrontadas. “O processo está sendo desenvolvido para ser compatível com o sistema de matrícula da USP, que em 2019 será on-line”, complementa o diretor executivo.

A primeira experiência com o reconhecimento facial foi feita no último domingo (10) durante a prova de transferência para universitários que queiram estudar na USP. Mais de 1900 candidatos participaram do exame em São Paulo, Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos.

“O reconhecimento facial foi empregado com sucesso, os candidatos foram identificados rapidamente. O aplicativo, desenvolvido especificamente para nossos exames, conta com um algoritmo avançado capaz de detectar informações precisas. A identificação foi efetiva independente do ângulo do rosto do candidato e de mudanças no ambiente”, comenta Freire.

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Entenda o reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma técnica de biometria baseada nos traços das pessoas. O rosto de uma pessoa é formado por diversas características – são os chamados pontos nodais, ou seja, pontos de referência que determinam essas características. Existem cerca de 80 pontos nodais na face humana.

Alguns exemplos são a distância entre os olhos, o comprimento do nariz, o tamanho do queixo e a linha da mandíbula. Cada um desses pontos nodais é medido e armazenado em uma base de dados, formando a assinatura facial. A obtenção dessa assinatura completa a etapa de extração de características.

A tecnologia de reconhecimento facial envolve reconhecer o rosto que acabou de ser capturado em uma base de dados. Para isso, compara-se as características extraídas da imagem capturada com as características armazenadas anteriormente neste banco, utilizando um algoritmo de comparação facial em busca do dono daquele rosto.

As soluções biométricas em processos seletivos têm sido cada vez mais utilizadas pelas organizadoras de vestibular para garantir maior lisura durante as aplicações. Com o auxílio dessas tecnologias, é possível autenticar a identidade de cada candidato, coibindo e deflagrando fraudes durante as diversas etapas da prova, inclusive durante o curso.

Dentre as diversas tecnologias presentes no mercado, o reconhecimento facial é a que tem se mostrando mais promissora, principalmente por sua comodidade e conveniência.

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O sistema implementado para o vestibular de 2019 conta com uma equipe de profissionais com mais de 15 anos de experiência em biometrias, que desenvolveram, em conjunto com a equipe técnica da Fuvest , um aplicativo capaz de registrar as faces dos candidatos presentes e confrontá-las com a do aluno matriculado.

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