
O reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ruy Garcia Marques, informou nesta quarta-feira (5) que o início das aulas da instituição está previsto para a próxima segunda-feira (10). A universidade estadual já adiou cinco vezes o início das aulas referentes ao segundo semestre do ano passado, devido à crise financeira do governo fluminense.
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Desde o início de janeiro, a reitoria da Uerj suspendeu o início das aulas do segundo período de 2016 por causa da falta de condições necessárias ao pleno funcionamento da instituição. Entre os problemas, estão o não pagamento das bolsas e salários pelo governo do estado e a falta de repasses de verbas para a manutenção em geral.
“Em relação às condições que consideramos mínimas – que são limpeza, manutenção de elevadores e segurança – conseguimos isso para esta unidade, o Campus Maracanã, e também para as 13 unidades externas. Com isso, e mais o pagamento das bolsas para cotistas do mês de fevereiro e a divulgação de um calendário para o pagamento dos salários, tendemos a voltar no dia 10 de abril”, disse o reitor.
Para sexta-feira (7), está marcada nova reunião do Fórum de Diretores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que vai dar palavra final sobre a volta às aulas no dia 10. “Mas estou realmente esperançoso de que possamos voltar. Precisamos voltar. Os alunos pedem muito, a maioria dos docentes pede [o retorno às aulas]”, disse Marques.
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Corte salarial
No último dia 28, a Justiça do Rio de Janeiro concedeu mandado de segurança que impede qualquer corte salarial de servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O governo do Rio havia anunciado que cortaria 30% dos salários dos servidores da universidade, caso eles não voltassem ao trabalho.
O mandado de segurança foi pedido pela própria universidade, que alegou que as aulas ainda não foram iniciadas neste ano devido aos problemas orçamentários. De acordo com a Justiça, a universidade estadual informou que a paralisação das atividades não é voluntária, nem foi motivada por reivindicações salariais de seus servidores.
Segundo a Justiça, a Uerj também informou que seu contingenciamento orçamentário, decorrente da crise financeira do estado , deixou uma dívida de mais de R$ 14 milhões com empresas de limpeza, vigilância e manutenção dos elevadores e, por isso, esses prestadores de serviço suspenderam suas ações.
* Com informações da Agência Brasil