A transformação digital anda de mãos dadas com os aplicativos e não é mais apenas uma frase de marketing atraente apenas. Para 74% das organizações, os aplicativos são essenciais para os negócios - sem aplicativos, não é possível operar. O dado é do levantamento State of Application Services 2020, que entrevistou 488 profissionais de finanças no mercado mundial, incluindo o Brasil.
Para oferecer produtos customizados e eficazes para clientes, as empresas de serviços financeiros estão adotando novos tipos de transações e aplicativos, enquanto modernizam a infraestrutura. Inclusive para acompanhar o galopante crescimento que as fintechs vêm tendo. As experiências personalizadas do usuário, serviços de valor agregado e ecossistemas em expansão prometem oportunidades interessantes para o crescimento da receita em todo o ecossistema.
Para competir em superescala, o segmento está tratando cada aplicativo como um ativo crítico para os negócios, escolhendo a melhor nuvem para cada um, de acordo com 41%. Somente no ano passado, a importância das plataformas em nuvem no segmento subiu onze pontos atingindo 49%, indicando a crescente demanda em relação à nuvem.
Segundo a pesquisa, 26% disseram que os aplicativos suportam os negócios e fornecem vantagem competitiva. Ninguém respondeu que não precisa de aplicativos para operar. Apesar do Brasil ainda ter um número enorme de desbancarizados, todos os levantamentos vêm mostrando que as operações mobile são predominantes. Muitas fintechs, de crédito por exemplo, usam apenas o recurso do app para prover serviços financeiros, visando a fatia sem acesso aos bancos.
E a segurança, como fica?
As estratégias de múltiplas nuvens precisam incorporar a segurança de maneira eficiente e eficaz para criar confiança. Três em cada quatro entrevistados disseram que é importante implantar e aplicar as mesmas políticas de segurança locais e na nuvem.
A nuvem oferece uma velocidade sem precedentes na implantação de aplicativos para organizações que correm em direção à transformação digital, e três em cada quatro dizem que o principal fator dos esforços de transformação é aumentar a velocidade de lançamentos de novos produtos ou serviços.
Você viu?
Quando o alvo é o time de líderes seniores em serviços financeiros, é revelador que a análise de ameaças em tempo real salta para o segundo lugar no ranking. Totalmente diferente do resultado global, onde os líderes seniores colocam a análise de ameaças em tempo real em sexto lugar.
Gateways API e o Open Banking
O fator determinante para a adoção no mercado é um pouco diferente entre as regiões. Cerca de 47% estão planejando implementar Open Banking. Os gateways de API têm um papel importante devido ao aumento da eficiência operacional para aplicativos internos.
Na região EMEA, é visto como um mecanismo para dar ao consumidor mais controle sobre os dados. Nos EUA, é uma maneira de os bancos maiores e mais estabelecidos oferecerem recursos personalizados aprimorados que alavancam a inovação da fintech no mercado. Na Ásia/Pacífico, estão surgindo novos ecossistemas digitais focados em serviços financeiros inovadores, os "SuperApps" como WeChat e Gojek.
Já as implantações de Web Application Firewall aumentam a cada ano, com 81% em uso, comparado à 77% em 2019. Quase um terço das organizações avalia o tipo de aplicação antes de implantar uma WAF. Atrair e reter clientes nativos digitalmente também está obrigando o setor financeiro inovar mais rapidamente, usando a nuvem pública e as arquiteturas modernas (nativas da nuvem ou do contêiner). A lista começa com gateways SDN e SD WAN em 42%, seguidos por gateways API em 39% e controle de acesso, em 35%.
Alguns destaques que servem de base para onde esse setor está caminhando:
- 84% estão executando a transformação digital - com ênfase em acelerar a velocidade de lançamentos.
- 87% são multicloud e todas usam serviços de aplicativos em busca da confiança digital.
- 68% implementaram Open Banking e estão usando gateways de API para oferecer inovação.
- 81% implantaram Web Application Firewall contra ameaças crescentes.
Por Odilon Costa, CEO da Tree Solution