O distanciamento social e a paralisação das atividades presenciais não foram motivos para que algumas pessoas deixassem de praticar o bem. Neste período, os freis agostinianos, por exemplo, desenvolveram a campanha "Unidos num só coração", juntamente com a equipe do Departamento de Evangelização, Pastoral e Ações Sociais (Depas) do Colégio Santo Agostinho e das Obras Sociais Agostinianas, como forma de continuar disseminando as mensagens de fé e esperança a milhares de pessoas.
Dezenas de ações que buscam melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade agostiniana, dos colaboradores e da sociedade em geral vêm sendo realizadas durante este período delicado. De doações de cestas básicas ao envio de mensagens de carinho, as atividades realizadas por alunos e pelos profissionais da instituição abrangem diversos grupos e necessidades humanas.
Frei Luiz Antônio Pinheiro, presidente da Sociedade Inteligência e Coração (SIC), mantenedora das unidades do Colégio Santo Agostinho e obras sociais, ressalta que o momento exige a continuação das ações e criação de novas. "Precisamos fortalecer a nossa fé e acreditar que tudo isso vai passar. É preciso confiar e orar. A oração nos ilumina a inteligência e aquece o coração rumo a um novo tempo de esperança. A nossa fé fortalecida se abre para a esperança e a esperança não decepciona. Dessa forma, o nosso amor se transforma em muitos gestos concretos, de partilha, escuta, cuidado e solidariedade", ressalta.
Com o foco em ajudar grupos vulneráveis, pelo contexto da pandemia, os alunos do Colégio Santo Agostinho de Nova Lima, em Minas Gerais, se mobilizaram para ajudar a divulgar, via redes sociais, a campanha de arrecadação de cestas básicas realizada pela Associação Comunitária de Moradores da Vila Santana do Cafezal (ACM Cafezal) e do Centro Cultural Lá da Favelinha. Enquanto isso, os alunos do sexto ano do Colégio Santo Agostinho de Belo Horizonte estão cuidando do projeto "A Causa Indígena é de Todos Nós", em convênio com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI). O objetivo é arrecadar doações e contribuir nos cuidados que povos indígenas necessitam durante este período.
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Com o projeto "Cuidando Mais", os alunos que participam do Voluntariado Pastoral da unidade Belo Horizonte, além de arrecadarem doações para hospitais, orfanatos e asilos parceiros, cuidam do envio de mensagens virtuais para aqueles que vivem e trabalham nesses locais e que se encontram em isolamento ainda maior, necessitando de mais afeto para enfrentar a situação. Já as ações "Aquecendo o Coração", "Papo DEPAS" e o envio do "Abraço solidário" estreitaram os laços entre escola e estudantes por meio de reflexões, música, poesia e orações nas redes sociais e plataformas internas da Unidade.
A unidade do Colégio Santo Agostinho de Contagem, com o grupo de voluntariado "Amor e Movimento", composto por alunos, familiares, educadores e pessoas da comunidade em geral, conduz a Campanha COVIDas, que busca atender às famílias em vulnerabilidade social. Também estreita os laços de apoio e solidariedade com várias instituições, enviando mensagens, vídeos e cartas para o Lar de Idosos Maria Clara, Hospital Municipal de Contagem e ambulatório oncológico da Santa Casa. O grupo acompanha famílias haitianas da região e promove visita à aldeia indígena de Mário Campos com ações solidárias, desde o rompimento da barragem de uma mineradora em Brumadinho.
Já a unidade Gutierrez do colégio está enviando vídeos com mensagens de esperança e afeto à comunidade educativa por meio das redes sociais do Colégio. O Santo Agostinho de Nova Lima realizou parceria com uma escola pública do município, buscando auxiliar na transição à educação remota, com a doação de apostilas e material didático.
Os freis agostinianos firmaram ainda uma parceria com a regional de Minas Gerais da Cáritas Brasileira, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), transformando o edifício ao lado do Colégio Santo Agostinho, no bairro Santo Agostinho, em um ponto oficial de apoio à campanha "Comunidade Viva sem Fome", que tem como escopo fornecer cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social de Belo Horizonte e região metropolitana.
Uma das obras sociais da SIC, a Escola Profissionalizante Santo Agostinho, produziu cerca de 2 mil máscaras, com o auxílio de ex-alunas do curso de corte e costura, para distribuir entre moradores em situação de rua e colaboradores do hospital Sofia Feldman. Já o Centro Agostiniano em Ecologia Integral, localizado na cidade de Mário Campos, tem se utilizado da própria produção e doado colheita de pomar e horta a seus vizinhos e colaboradores.
As ações buscam reforçar os laços entre as escolas e a comunidade ao seu redor durante a pandemia: "O perigo ainda não passou. É necessário ter muita precaução e cuidado, mas não vamos parar nossos esforços para nos aproximar das pessoas em vulnerabilidade social, que, agora, ainda mais, contam com nossa ajuda", afirma Frei Luiz Antônio.