Arthur do Val: “Bolsonaro está fazendo tudo o que o PT iria fazer”
Também conhecido como “Mamãe falei”, Do Val, que pretende disputar o Governo de São Paulo em 2022, comenta as gestões estadual e federal, a pandemia da Covid-19, sua relação com a família Bolsonaro e assuntos polêmicos como porte de armas no Brasil e o "politicamente correto"
Segundo deputado estadual mais votado de São Paulo em 2018, com mais de 478 mil votos, atrás apenas de Janaína Paschoal (PSL) , Arthur do Val (Patriota), de 34 anos, é empresário e youtuber, atividade que o tornou conhecido também pela alcunha " Mamãe falei ".
Ativista integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), ele é um dos maiores expoentes brasileiros de jovens liberais, defendendo o liberalismo econômico e a direita política na internet e no plenário.
Na mesma semana em que o Intituto Datafolha publicou pesquisas sobre a alta desaprovação do Governo de Jair Bolsonaro
(sem partido) e a probabilidade dele perder a eleição de 2002 para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
, Mamãe Falei diz que os dois são muito parecidos e acredita ser necessário uma terceira via eleitoral.
Já autodeclarado, nas redes sociais, pré-candidato a Governador do Estado de São Paulo, Do Val fala, em entrevista exclusiva para o portal iG, o que pensa das gestão de João Dória (PSDB)
e do presidente do Brasil, e o que o faz ser oposição a eles.
O deputado também fala a sua avalição sobre a condução da pandemia da Covid-19 , sua relação com Eduardo Bolsonaro (PSL) , com quem já apareceu em fotos segurando armas, e a sua aposta para presidente em 2022. Confira:
Qual sua avaliação sobre o Governo de São Paulo na gestão de João Dória (PSDB) até agora?
O João Dória fez um gol de placa, ele conseguiu a vacina [da Covid-19]. Isso é mérito dele. Só que ele conseguiu fazer um gol de placa e ainda ser vaiado, porque a gente vê uma série de ações tomadas politicamente completamente insensatas para este momento, como o aumento do ICMS no meio da pandemia. No momento em que o cidadão mais precisa, ele aumenta imposto. Isso é um completo absurdo. Aumento da verba de publicidade durante a pandemia também. Não era a hora de fazer isso.
Além das restrições de horário que não fazem o menor sentido. Ora pode abrir até às 17h, ora até às 19h, ora até às 21h. Até fiz um requerimento de informação para que ele [João Dória] apresentasse os estudos, os dados científicos, que mostrassem porque ele estava tomando essas decisões, mas não fui respondido.
Então, fica claro que são decisões políticas tomadas a esmo, no achismo, e isso claramente irrita a população. No momento em que se quer uma liderança, encontramos uma atrapalhada.
E a qual a sua avaliação sobre o Governo Bolsonaro?
A pior possível. Não me furto em dizer que o Governo Bolsonaro é um governo genocida. É um governo que minimiza a pandemia, e isso não é uma atitude conservadora. O conservador age pela prudência, e quando temos uma incerteza do que está pela frente, não se é imprudente de minimizar algo que pode ser negativo.
E foi exatamente o que o Bolsonaro fez, chamou de gripezinha, saiu aglomerando sem máscara, falou ‘não sou coveiro’, ‘e daí?’, tantas coisas.
E, mais do que o que falou, atentou contra a ciência e a vida, que já é algo criminoso, pois trata-se do líder máximo do Executivo – nós não estamos falando do porteiro, do médico, do amigo que vai ao bar com você, estamos falando do Presidente da República.
O Bolsonaro simplesmente recusou a vacina 11 vezes e pediu para a Anvisa mudar bula do remédio que, dentro da ideologia dele, ele queria que funcionasse, mas não funciona, ele gastou milhões de reais com o tal do tratamento precoce, que não tem nenhuma comprovação científica de eficácia, compra de cloroquina superfaturada.
Cloriquina não funciona. Se funcionasse, os países ao redor do planeta usariam. Não é possível que o planeta Terra inteiro esteja errado e só o Bolsonaro esteja certo. Então é um governo criminoso e genocida. É o pior governo que o Brasil já teve.
O Bolsonaro, o Doria e o senhor defendem agendas liberais. Onde estão os pontos de encontro e desencontro?
Na verdade, eles se apresentaram como defensores de uma agenda liberal, mas, quando chegaram lá [nos cargos que ocupam] fizeram exatamente o oposto. Como eu falei, o João Dória aumentou verba de publicidade e impostos, isso é uma agenda completamente antiliberal.
O governo Bolsonaro foi pior ainda, porque não cumpriu nenhuma promessa [de campanha], não privatizou nenhuma estatal, pelo contrário, criou uma nova estatal. E não é uma questão de porque ‘ah, mas o Congresso não deixou’, não, eles [o Governo Federal] não tiveram nem a intenção de privatizar.
É um governo que, o tempo todo, ameaça furar o teto [de gastos] e em nenhum momento respeita as instituições. Ser liberal é, acima de tudo, defender as instituições. O Bolsonaro atenta contra a Democracia e as instituições da República o tempo todo. Ele pode ser tudo nessa vida, menos liberal.
Foi por isso que o senhor deixou de apoiar o presidente Bolsonaro? Teve algum acontecimento específico para deixar de apoiar ele?
Sim, logo em 2019. Durante a luta pela Reforma da Previdência, já vi que o governo não era aquilo que prometia [nas eleições]. Falava uma coisa nos bastidores e outra em público.
Teve um momento de ruptura total mesmo em maio de 2019. Aliás, não vou chamar de ruptura, porque nunca estive com o Bolsonaro, simplesmente o apoiei no segundo turno [das eleições presidenciais de 2018], porque ele tinha promessas que pareciam defender a agenda liberal.
Em maio de 2019, o [ministro da economia] Paulo Guedes me ligou e pediu para desarticular uma manifestação, o que, naquele caso, iria, inclusive, atrapalhar a Reforma da Previdência. Depois, o Guedes veio a público falando outra coisa: ‘tem que ir na manifestação, é uma manifestação de apoio ao governo’.
Inclusive, ele [Bolsonaro] traiu todas as pautas naquela manifestação, uma delas, por exemplo, era o COAF [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] com o [Sérgio] Moro. O Bolsonaro não só tirou o COAF do Ministério da Justiça como também acabou com as contratações técnicas, viraram todas contratação políticas. E, agora, nesta semana, ele acabou cortar verbas do COAF.
Outra pauta dessa manifestação era a CPI da Lava Toga, para que fosse investigadas as ações do Supremo [Tribunal Federal]. O próprio Flávio Bolsonaro [filho do presidente] desarticulou a Lava Toga. É um Governo que fala uma coisa e faz outra. E isso é inadmissível.
O senhor já declarou antes que apoiou o Bolsonaro no segundo turno eleitoral de 2018, contra o Partido dos Trabalhadores (PT). O que, na sua opinião, o Bolsonaro tem feito ou deixado de fazer que é melhor do que PT faria ou deixaria de fazer?
Primeiro, é importante lembrar que, em 2018, fiz de tudo para apoiar algum nome que fosse mais alinhado com uma agenda liberal sensata, uma agenda que eu defendo. Na época, tentei falar com João Amoedo, mas discordei de algumas estratégias dele. Tentei também criar um candidato do zero, o Flávio Rocha. Nada disso deu certo.
Só no segundo turno, quando eu já estava eleito, é muito importante frisar isso, entre o Bolsonaro e o [Fernando] Haddad, escolhi apoiar o Bolsonaro. O Bolsonaro sinalizava que ia ser uma pessoa sensata, mostrava uma aliança com a agenda liberal, chamando o Paulo Guedes, mostrava aliança com os lavajatistas e combate à corrupção, chamando o Moro, aliança com os militares.
Enquanto o próprio plano de governo do PT previa a regulação da imprensa e coisas completamente autoritárias, além do histórico de roubo do PT. Tudo isso fez com que eu fizesse uma campanha contra o PT.
Logo no início do governo, o Bolsonaro traiu todas as suas pautas e, por isso, comecei a bater de frente. É difícil dizer o que o PT faria ou deixaria de fazer que seria melhor ou pior, porque o Bolsonaro está fazendo tudo o que o PT quer.
Ele colocou um petista na PGR [Procuradoria Geral da República], limitou delação premiada, tirou o juiz de garantias, ele está fazendo, basicamente, tudo o que o PT iria fazer.
Quais as bases da vertente liberal que o senhor defende? Algum escritor ou teórico de referência?
Na verdade, eu me apego menos ao academicismo, mas se eu pudesse falar um conjunto de autores, em primeiro lugar diria o Adam Smith, depois John Locke. Um autor que se aproxima bastante dos desafios que a gente vive hoje em dia é o Milton Friedman, ele inclusive prevê diversos programas que eu tento apoiar no Brasil de hoje.
O que acha do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, que é tão ligado a algumas pessoas do Governo Bolsonaro?
O Olavo de Carvalho é um lixo, é uma fraude, um velho pilantra. Ele é um cara que tuíta os maiores absurdos, xinga todo o mundo, não respeita as mulheres. Quando a Janaina Pascoal discordou do Bolsonaro, ele chegou a dizer: ‘não comam a Janaína Pascoal’. Um senhor desse não merece o mínimo de respeito.
Ele chega a dizer que não sabe se Terra é plana, que a Pepsi é adoçada com células de fetos humanos, é um senhor que não deve ser levado a sério em nenhum momento, é vigarista, picareta. Ele está fora do Brasil mendigando dinheiro, porque é um velho falido e fica tutor ideológico de um governo genocida.
Há uma foto circulando na internet em que senhor está ao lado de Eduardo Bolsonaro, os dois segurando armas e ele com um cartaz escrito “eu, pacificamente, vou te matar”. Em que momento essa foto foi feita e qual o contexto dela?
Foi feita em 2016, quando o meu canal [no YouTube] estava começando a crescer. [Na época] eu mandei e-mail para vários deputados, perguntando se eles me concederiam entrevistas, e o Eduardo Bolsonaro foi um deles. Fiz a entrevista com o Eduardo, já pontuando diversos pontos que a gente discordava, como por exemplo o apoio a Ditadura Militar e etc.
Depois da entrevista ele falou ‘pô, Arthur, vamos tirar umas fotos aqui com umas armas’ e beleza, fui lá e tirei. Foi um erro, porque é uma foto babaca, na qual, sem querer, eu seguro uma mensagem idiota. Agi por impulso. E, hoje, a gente vê que o Eduardo Bolsonaro é um dos maiores canalhas do Brasil. Eu não me arrependo porque foi um erro honesto, vamos dizer assim, mas, hoje, eu jamais tiraria essa foto.
Qual a sua opinião sobre a posse e o porte de armas no Brasil? Considera que o Governo Federal está acertando em tentar flexibilizar as regras?
Eu sou totalmente a favor da posse e do porte de armas, haja vista que os países mais seguros do mundo têm isso. Aqui no Brasil, quando éramos um país mais permissivo em relação às armas, quando a gente não tinha o estatuto do desarmamento, tínhamos uma diferença social maior, um índice de pobreza maior, e, ainda assim, menos homicídios por 100 mil habitantes do que temos hoje.
Ou seja, a política de desarmamento desarmou somente o cidadão de bem, o bandido continua armado. Inclusive, na última operação que teve no Rio de Janeiro, 99,99% das armas apreendidas tinham sido obtidas por meios ilegais. Os bandidos ainda continuam armados, com armas ilegais, e eu, cidadão de bem, continuo indefeso.
Há o direito à proteção pessoal, isso é algo que eu defendo moralmente, independente das evidências práticas. Eu defendo moralmente que as pessoas possam ter o direito de sua defesa e de sua família. Agora, quando a gente olha as evidências, isso ainda corrobora com o meu argumento, porque, como falei, nos dados, os países que têm a população mais armada são mais seguros e também quando o Brasil era mais armado era mais seguro.
São duas faces de uma argumentação que vão para o mesmo sentido, tanto no aspecto moral, quanto no aspecto pragmático.
Com um canal no YouTube, o senhor é um usuário costumeiro da internet, de maneira paralela com as atividades do seu cargo. O que o senhor pensa sobre a comunicação do Governo Federal, que prioriza o uso das redes sociais e ridiculariza o trabalho de jornais sérios?
A primeira parte, de priorizar as redes sociais, é uma questão estratégica dele [do Bolsonaro]. E acho que está tudo certo. A segunda parte, sobre descredibilizar veículos oficiais de imprensa mostra um víeis autoritário do governo e é uma burrice, porque não há democracia sem imprensa oficial. Não existe democracia sem jornalismo sério.
É claro que a imprensa, a mídia, cometeu vários erros nas últimas décadas, isso realmente é verdade. A mídia tem diversos pontos falhos, mas isso não justifica um presidente da República fazer o que faz.
O senhor também é conhecido pelas críticas e opiniões polêmicas, por falar de “mimimi” e “vitimização”, por exemplo, em alguns dos seus vídeos na internet. O que é esse mimimi? Porque classificar algo assim, como se fosse menos importante que outras questões?
Eu sou uso essas expressões costumeiramente, inclusive não me recordo de ter usado a expressão ‘mimimi’. O que eu posso dizer é que sou totalmente contra o ‘politicamente correto’, porque acho que é uma agenda autoritária, preconceituosa e que causa efeito reverso da intenção que tem.
Quando você tira da pessoa a individualidade para coloca-la como mais uma dentro de um grupo de interesses que você vai proteger, entre aspas, vai criar alguns ícones diferentes para a tratativas desse grupo de pessoas, você está sendo, em primeiro lugar, autoritário, porque você não permite que o indivíduo fale por si só, e está sendo imoral.
E quando se vê o efeito prático disso, como, por exemplo, ao comparar o cabelo de um negro com uma peruca X, como foi o caso do Big Brother Brasil, isso causa ainda mais revolta porque essa pessoa está sendo tratada como alguém inferior: ‘ah, não pode brincar com ele porque ele é inferior’. Pelo amor de Deus! Eu sou totalmente contra o politicamente correto e totalmente a favor da completa liberdade de expressão.
Também é importante deixar claro é que a liberdade de expressão não é utilizada para falar ‘bom dia’, ‘oi’, ‘tudo bem’. A liberdade de expressão é utilizada para que se possa falar coisas que, inclusive, outras pessoas não querem ouvir. E isso independe da intenção de quem profere as palavras.
A liberdade de expressão em nenhum momento deve ser cerceada, o que não significa que uma pessoa, usando de sua liberdade de expressão, não possa ser uma pessoa babaca, um idiota falando. A pessoa pode ser a mais idiota possível, a mais ofensiva, agressiva e babaca, mas ela tem que ter a liberdade para ser o que ela é. E as pessoas ao redor tem que ter a liberdade para identificar isso e falarem o que acham disso.
A responsabilização pelo que se diz vem do efeito midiático ou do efeito de reputação que essa pessoa vai ter. Por exemplo, vamos supor que eu faça uma piada sobre deficientes e essa piada é inconveniente. Instantaneamente, eu vou pagar o preço disso.
As pessoas ao meu redor que tiverem bom senso vão identificar isso como algo babaca e eu, imediatamente, vou pagar o preço disso. Agora, quando se começa a querer definir legalmente o que pode ou não ser dito está havendo um flerte com censura, se está sendo autoritário.
O que pensa da condução do plano de vacinação de São Paulo? E o do Brasil?
O Brasil tem um grande trunfo nesse aspecto, porque nós já fizemos muitas campanhas de vacinação em massa. Nós somos bons nisso. Quando as vacinas chegaram, nós tivemos alguma facilidade em vacinar, principalmente nas gestões estaduais e municipais.
A maior dificuldade é o Governo Federal, que é um governo de imbecis, no qual o cara que se diz perito em logística confunde as siglas do Amapá com a do Amazonas. É um governo completamente calcado em política ideológica, um governo cego e genocida.
CPI da Covid. O que acha que vai acontecer com o Governo Bolsonaro?
A CPI é extremamente necessária. A gente entende como uma CPI começa, mas não sabe como ela vai terminar. Eu espero que os ministros da saúde [Eduardo] Pazuello e o da comunicação, o [Fabio] Wajngarten, e o Bolsonaro saiam de lá presos.
Há algum nome que goste mais e pense em apoiar nas eleições presidenciais de 2022?
Penso em apoiar o Danilo Gentili. É um cara que tem humildade e inteligência necessárias para aprender e fazer o que tem que ser feito. É um cara que defende tudo aquilo que eu defendo. Ele também vem se posicionando politicamente já há muito tempo, há anos, além de ter penetração nacional, que bate a audiência da TV Globo várias vezes.
Eu tenho certeza que nesse cenário apocalíptico, com Bolsonaro e PT indo para o segundo turno, uma terceira via venha forte neste momento.
São Paulo. Qual a maior prioridade do Estado atualmente? Está sendo discutida na Alesp?
A principal pauta que São Paulo deveria embarcar na luta é a revisão do pacto federativo e isso não está sendo discutido na Alesp. Nós, infelizmente, damos muito dinheiro para a União e recebemos muito pouco, por conta de uma política ideológica que distribui renda dessa forma errada.
Uma política que privilegia os estados deficitários e penaliza os estados produtivos, que são, inclusive, a maioria. Na minha opinião, a revisão do pacto federativo é tema número um e, infelizmente, aqui em São Paulo nenhum governador teve peito de tocar nessa ferida.
Quais os seus maiores aliados na Alesp?
Os deputados do [partido] Novo, pessoas que tem ideologias bem parecidas com a minha. Só não estamos no mesmo partido por conta de diferenças estratégicas, em termos eleitorais. Mas são ‘caras’ com quem eu, inclusive, tenho amizade pessoal.
O senhor tem inimigos na Assembleia legislativa? Quem são e por quê?
Com certeza, eu considero o bolsonarismo hoje. Eles não são meus adversários, meus oponentes, eles são meus inimigos. Para mim, Bolsonaro e o Bolsonarismo, como um todo, são meus inimigos. Hoje, eu tenho diversas diferenças ideológicas e de postura em relação a alguns deputados de esquerda também, mas eu me dou bem com todos eles, até com o sindicalista que, uma vez, quis me arrancar na porrada do plenário. Até ele percebeu que estava errado e consegue ser mais democrático do que essa galera do Bolsonaro.
Como o senhor se posiciona diante do PL 504/20, que visa proibir no Estado de São Paulo publicidades relacionada a diversidade sexual?
Sou totalmente contra, aquilo é um absurdo, um retrocesso, uma discussão idiota, mesquinha, leviana, por conta de sinalização para a base [eleitoral].
Alguns deputados olham para suas bases e falam ‘olha como eu sou conservador’ e flertam com o autoritarismo. Quem é o Estado para dizer o que é ou não um trejeito que mostra uma preferência sexual, uma orientação sexual, melhor dizendo? Pelo amor de Deus! É um projeto totalmente ridículo.