
A nova pesquisa eleitoral realizada em Roraima revela um cenário marcado por viradas rápidas e disputas acirradas. A entrada ou saída de determinados nomes muda completamente o equilíbrio das forças políticas, tanto para o governo quanto para o Senado. Os números mostram não apenas intenções, mas a natureza volátil do jogo em Roraima, onde cada nome apresentado ao eleitor reconfigura a corrida.
Governo: a presença de Teresa Surita muda tudo
As simulações para o governo apresentam três combinações distintas, e cada uma delas conta uma história diferente.
Nos cenários em que Teresa Surita não participa, Arthur Henrique aparece como o nome mais competitivo. Ele lidera o Cenário 1, com 33%, e amplia a vantagem no Cenário 2, chegando a 37%. Edilson Damião mantém-se como principal adversário, variando entre 28% e 35%.
Mas o quadro sofre uma reviravolta quando Teresa entra no jogo: no Cenário 3, ela dispara com 42%, abrindo nove pontos sobre Edilson Damião (33%). Seu desempenho reorganiza a disputa e a coloca imediatamente como protagonista do maior cenário testado.
A disputa pela rejeição, por outro lado, mostra um conjunto de nomes com índices semelhantes, indicando que nenhum deles entra com desgaste insuperável.
Senado: entrada de Romero Jucá reorganiza forças e pressiona velhos adversários
A corrida pelas duas vagas ao Senado também passa por um brusco reposicionamento conforme os cenários mudam.
No Cenário 1, a liderança é de Teresa Surita, com 27%, seguida de perto por Antônio Denarium, que marca 24%. O restante do campo se distribui entre Chico Rodrigues (13%), Mecias de Jesus (11%) e Hélio Lopes (11%), indicando um bloco intermediário competitivo, mas ainda distante do topo.
O quadro muda no Cenário 2, quando Romero Jucá é incluído na disputa. Teresa deixa de aparecer, e o protagonismo se desloca. Denarium mantém os mesmos 24%, mas a dinâmica entre os demais muda: Chico Rodrigues vai a 15% e Jucá surge com 14%, recolocando seu nome na arena política de maneira diretamente impactante. Os demais candidatos oscilam entre 13% e 4%.
A presença de Jucá desloca percentuais, reorganiza alianças potenciais e devolve ao jogo uma figura que, por anos, ocupou posição central na política roraimense.
Avaliação do governo e clima administrativo
A aprovação da atual gestão aparece dividida, com 44% de avaliações positivas e 47% negativas. Em termos de qualidade, 42% classificam a administração como regular, enquanto 25% a consideram ótima ou boa.
Na percepção geral, 43% dos eleitores veem Roraima em situação semelhante à de outros estados, enquanto 31% avaliam que o estado está pior.
O tabuleiro está montado e cada nome muda o jogo
A pesquisa mostra que, em Roraima, cada entrada altera a partida. Teresa Surita modifica o eixo da disputa pelo governo; Romero Jucá reorganiza a corrida ao Senado; Arthur Henrique e Edilson Damião travam a disputa mais apertada entre os cenários sem Teresa. É um estado em que a política não se move devagar, ela vira de uma simulação para outra, e nenhum grande nome entra no tabuleiro sem causar impacto.
Sobre o Real Time Big Data
O Real Time Big Data é uma das grandes referências nacionais em ciência de dados e pesquisas qualitativas e quantitativas, destacando-se pelo alto nível de excelência técnica e pela oferta de análises claras. Fundado em 2015 pelo cientista político Bruno Soller, o Instituto de Pesquisa tem atuado especialmente no cenário político, de forma a transformar números em informação para apoiar as melhores decisões de governo e de estratégias eleitorais. A partir de 2024, o Real Time Big Data inicia uma nova fase, marcada pela chegada do sócio estrategista Wilson Pedroso e pela ampliação dos braços de atuação.
