
A nova rodada da Real Time Big Data para o estado de Alagoas apresenta um panorama eleitoral complexo, competitivo e cheio de nuances. Os dados mostram não apenas a fotografia do momento, mas também tendências que podem orientar partidos, lideranças e analistas na leitura do comportamento do eleitorado.
Governador: disputa direta reativa polarização local
O ponto de maior destaque da pesquisa é o confronto praticamente isolado entre Renan Filho (MDB) e JHC (PL).
Espontânea: vantagem inicial de Renan Filho
Na menção espontânea, quando o eleitor indica seu candidato sem lista de nomes, Renan Filho lidera com 20%, seguido por JHC com 14%. O dado mais expressivo, porém, é que 61% não sabem ou não têm candidato definido, mostrando um eleitorado ainda aberto e suscetível ao avanço das campanhas.
Estimulada: empate técnico no limite
No cenário estimulado, onde todos os nomes são apresentados ao eleitor, o quadro se afunila:
Renan Filho (MDB): 48%
JHC (PL): 45%
Nulo/Branco: 4%
NS/NR: 3%
A disputa é claramente bipolar, e a diferença de três pontos está dentro da margem de erro, configurando um empate técnico real.
Rejeição: níveis próximos ampliam a incerteza
A rejeição dos principais nomes revela mais um cenário equilibrado:
JHC: 26%
Renan Filho: 23%
Essa proximidade dificulta projeções e indica que nenhum dos dois candidatos enfrenta rejeição suficientemente alta para comprometer uma eventual liderança. Ambos entram na corrida em condições competitivas.
Senado: liderança de Renan Calheiros e disputa intensa pelas vagas
As eleições para o Senado, que desta vez oferecem duas vagas, apresentam um quadro distribuído, porém com vantagem clara de Renan Calheiros.
Cenário Consolidado – Soma dos votos para as duas vagas
Renan Calheiros (MDB): 26%
Davi Davino (Republicanos): 21%
Alfredo Gaspar (União): 18%
Arthur Lira (PP): 13%
Paulão (PT): 9%
Ítalo Bonja (PRTB): 1%
Nulo/Branco: 5%
NS/NR: 7%
Composição do Primeiro Voto
Um dado relevante para análise de forças individuais:
Renan Calheiros: 38%
Davi Davino: 19%
Alfredo Gaspar: 17%
Arthur Lira: 15%
Paulão: 8%
Ítalo Bonja: 2%
Renan aparece com vantagem expressiva no voto principal, consolidando sua força estrutural.
Composição do Segundo Voto
No segundo voto, o cenário muda:
Davi Davino: 23%
Alfredo Gaspar: 19%
Renan Calheiros: 13%
Arthur Lira: 12%
Paulão: 10%
Ítalo Bonja: 1%
Aqui, observa-se que o voto adicional se dilui entre os candidatos de médio porte, enquanto Renan mantém vantagem suficiente no primeiro voto para sustentar liderança no consolidado.
Avaliação do governo: aprovação sólida fortalece a situação
A situação atual do governo de Alagoas apresenta índices amplamente positivos:
Aprovam: 68%
Desaprovam: 30%
NS/NR: 2%
Percepção de desempenho
Ótimo/Bom: 39%
Regular: 39%
Ruim/Péssimo: 20%
O equilíbrio entre “Ótimo/Bom” e “Regular” mostra um governo bem avaliado, ainda que com margens para ajustes.
Comparação com outros estados: sentimento moderado dos alagoanos
Questionados sobre como veem Alagoas em comparação ao restante do país:
Igual: 45%
Melhor: 22%
Pior: 24%
NS/NR: 9%
A maioria acredita que o estado está em linha com a média nacional, um dado que reforça percepção de estabilidade, nem euforia, nem pessimismo estrutural.
Melhor governador recente: domínio de Renan Filho
Na avaliação dos três últimos governadores, o favoritismo de Renan Filho é absoluto:
Renan Filho: 61%
Paulo Dantas: 26%
Teotônio Vilela Filho: 4%
NS/NR: 9%
Esse indicador ajuda a explicar sua força eleitoral no cenário atual e sua vantagem em espontânea e estimulada.
Alagoas caminha para uma eleição competitiva e polarizada
Os números desta rodada apresentam um estado dividido entre duas lideranças consolidadas, com uma disputa de governador extremamente apertada e um cenário de Senado em que Renan Calheiros ainda desponta como favorito, mas com forte competição pela segunda vaga.
A aprovação do governo estadual e o desejo majoritário por continuidade com ajustes criam um ambiente que favorece candidatos associados à gestão atual ou a modelos similares de comando político.
A corrida de 2026 em Alagoas está aberta, intensa e cheia de sinais estratégicos, e os próximos meses tendem a elevar ainda mais a temperatura política no estado.
