Palácio Piratini é a sede do governo do Rio Grande do Sul e a residência oficial do governador.
Fotos: Jürgen Mayrhofer/Secom RS
Palácio Piratini é a sede do governo do Rio Grande do Sul e a residência oficial do governador.



A mais recente pesquisa de opinião pública realizada no Rio Grande do Sul revela um quadro eleitoral dinâmico e altamente competitivo para as eleições de 2026. Os dados mostram um eleitorado dividido e sensível à composição das candidaturas, com mudanças relevantes a cada cenário testado.

Disputa ao governo apresenta múltiplos líderes dependendo do cenário
Os cinco cenários avaliados para a corrida ao governo do estado mostram que não há um favorito consolidado. Luciano Zucco (PL), Juliana Brizola (PDT) e Edegar Pretto (PT) ocupam, de acordo com a montagem das chapas, posições de liderança ou empate técnico.

No Cenário 1, Zucco lidera com 27%, enquanto Juliana Brizola e Edegar Pretto aparecem empatados com 21%. Gabriel Souza registra 13%.

O Cenário 2 mantém Zucco na dianteira com 27%, agora seguido por Pretto com 22% e Brizola com 21%. No Cenário 3, com a presença de Sebastião Melo (MDB), o equilíbrio aumenta: Zucco tem 24%, Melo aparece com 23%, Brizola com 21% e Pretto com 20%.

O Cenário 4 marca o melhor desempenho de Juliana Brizola, que assume a liderança com 31%, à frente de Zucco, que tem 29%. Já no Cenário 5, Luciano Zucco e Edegar Pretto dividem o topo com 29% cada, enquanto Gabriel Souza oscila para 17%.

Os resultados mostram que a eleição de 2026 tende a ser definida pela articulação política, pela construção das candidaturas e pela capacidade de cada nome de dialogar com diferentes segmentos do eleitorado.

Corrida ao Senado permanece aberta e fragmentada
Assim como na disputa pelo governo, o cenário para o Senado também não apresenta um líder isolado. A fragmentação das intenções de voto permanece constante nos três cenários avaliados.

No Cenário 1, Eduardo Leite aparece com 19%, seguido por Manuela D’Ávila (16%), Paulo Pimenta (15%), Marcel Van Hatten (15%) e Sanderson (12%).

O Cenário 2 mostra um rearranjo semelhante, com Leite e Manuela repetindo 19% e 17%, enquanto Marcel Van Hatten mantém 15% e Paulo Paim alcança 13%.

Já o Cenário 3 apresenta a disputa mais acirrada: Manuela lidera com 19%, seguida de perto por Marcel Van Hatten (18%), Paulo Pimenta (15%) e Sanderson (14%). A taxa de votos brancos, nulos e indecisos permanece elevada, indicando amplo espaço para mudanças ao longo da pré-campanha e dos debates eleitorais de 2026.

Aprovação do governo estadual apresenta estabilidade
Em relação à avaliação da administração estadual, 62% dos entrevistados afirmam aprovar o governo atual, enquanto 34% dizem desaprovar e 4% não souberam responder. Entre as categorias de desempenho, 39% consideram a gestão ótima ou boa, 36% a classificam como regular e 23% como ruim ou péssima.

Os índices sugerem que, apesar da divisão eleitoral projetada para 2026, há uma percepção relativamente estável sobre a condução do governo no estado.

Cenário em transformação até 2026
Com diversos cenários possíveis e candidaturas que afetam diretamente a ordem de preferência do eleitorado, a disputa no Rio Grande do Sul tende a se intensificar ao longo de 2025 e 2026. A consolidação das alianças, a exposição pública dos candidatos e o comportamento dos indecisos serão fatores decisivos no desfecho eleitoral.

Os dados indicam que nenhuma candidatura pode se considerar confortável neste momento. Com forte volatilidade e competitividade em todas as frentes, as eleições estaduais de 2026 prometem ser uma das mais abertas dos últimos ciclos.

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