Vinicius Lummertz foi Ministro do Turismo do governo de Michel Temer, presidente da Embratur de 2015 a 2018 e, secretário Nacional de Políticas de Turismo de 2012 a 2015
Alan Morici
Vinicius Lummertz foi Ministro do Turismo do governo de Michel Temer, presidente da Embratur de 2015 a 2018 e, secretário Nacional de Políticas de Turismo de 2012 a 2015

No primeiro domingo do mês mais de 120 milhões de brasileiros foram às urnas de todo o país para as eleições de primeiro turno. Uma votação que ocorreu em clima de paz e civilidade. Agora, estamos em plena campanha de segundo turno para a Presidência da República e governadores de 12 estados. Essa nova etapa da campanha eleitoral no Brasil é mais uma oportunidade para fortalecermos a nossa Democracia e conhecermos melhor os projetos de todos os candidatos. O Brasil precisa debater com serenidade as ideias e projetos para avançarmos como um país melhor, com mais eficiência, produtividade, renda e melhores salários para todos.

O Turismo, especificamente, merece mais atenção dos candidatos que avançaram para este segundo turno. Como fonte de geração de emprego e renda, essa dimensão da Economia já é responsável por cerca de 7% do PIB e dos empregos no Brasil, com uma geração de receita de R$ 560 bilhões no país no ano passado – ainda sob os efeitos da pandemia.

Segundo projeção do Conselho Mundial de Turismo e Viagens (WTTC, na sigla em inglês), um a cada três empregos gerados na próxima década estará ligado ao Turismo de forma direta, indireta ou induzida. Além da geração de emprego, o Turismo é uma enorme plataforma para as micro e pequenas empresas, promovendo o empreendedorismo pela expressão cultural, natural e da diversidade brasileira.

Mesmo com todo esse potencial econômico e social, o Turismo ficou longe do debate político no primeiro turno. Agora, com mais espaço para a discussão de projetos, vamos defender que o Turismo tenha mais presença na campanha eleitoral.

O Brasil tem um enorme potencial turístico em todas as regiões, das praias do Nordeste, as belezas do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, o turismo cultural e corporativo de São Paulo, os encantos de Gramado, do pantanal e da Amazônia. Os atrativos são muitos e diversos para atrair turistas de todo o mundo.

Para que o Turismo cresça para valer, precisamos lutar para colocá-lo no centro da agenda política e econômica. Como sempre digo e repito, é preciso dar ao Turismo a mesma importância do Agronegócio. O Agro avançou com a internacionalização da cadeia de produção, conhecimento e tecnologia. O Turismo tem de percorrer o mesmo caminho.

Além de impulsionar diretamente a economia do país, o turismo tem enorme potencial para melhorar a imagem do Brasil no exterior, ajudando a atrair investimentos também para outros setores. O primeiro passo para isso é aumentar os recursos para campanhas de promoção, algo que foi abandonado nos últimos anos.

A tensão dos últimos meses por conta das eleições também não ajudou na imagem do Brasil lá fora. Ter um segundo turno mais propositivo, com discussão de ideias que tragam resultado para o país, é uma oportunidade para reverter essa situação. São mais 18 dias para definir o futuro dos próximos quatro anos – e para além disso. Não podemos desperdiçar essa oportunidade.

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