Vinicius Lummertz é ex-ministro do Turismo
Alan Morici
Vinicius Lummertz é ex-ministro do Turismo

Aproveitando este último artigo da série “O Brasil precisa dar ao Turismo a importância do Agronegócio” na nossa coluna semanal aqui no IG, não posso deixar de lembrar a você a crucial responsabilidade que temos no próximo domingo (2) ao apertarmos as teclas na urna eletrônica. O Brasil vem aos tropeços - e quedas – ao longo deste dessas duas décadas do Século 21 e só há um caminho para reverter esse lamentável cenário: a Democracia. Precisamos colocar em Brasília e nos Estados o que tivermos de melhor da vida política nacional – e voltar a dar às brasileiras e brasileiros a esperança do emprego, de trabalho e renda dignos, educação, saúde, segurança, moradia e transporte público de qualidade, isso apenas para citar direitos básicos de um povo que paga um dos mais altos impostos e juros do planeta.

De minha parte, como militante do Turismo, tenho a lamentar que o debate eleitoral e os programas de governo apresentados não tenham, mais uma vez, contemplado o Turismo – que, volto a repetir, é a segunda maior vocação mundial do Brasil, junto com o Agronegócio. Porém, tem potencial de gerar milhões e milhões de empregos a curto, médio e longo prazo, desde que seja colocado no centro da pauta político-econômica nacional, como o Agro foi e vem sendo há 40 anos.

Mas, em São Paulo, o Turismo recebeu o tratamento que merece de um dos candidatos – e me refiro aqui ao Plano de Governo de Rodrigo Garcia. Na parte relativa ao Turismo, já na introdução coloca o principal motivo desse destaque: o emprego. Em São Paulo, o Turismo é um dos principais pilares para a geração de emprego e renda. Este ano, deverá liderar a geração de postos de trabalho - serão mais de 80 mil empregos diretos no setor. No Plano de Governo de Rodrigo Garcia está prevista a criação de 750 mil novos postos formais de trabalho no Turismo paulista nos próximos quatro anos, sendo 250 mil diretos e 500 mil indiretos. Com isso, o PIB do Turismo no Estado deve aumentar dos atuais R$ 220 bilhões para R$ 270 bilhões.

O Plano lembra que a indústria turística é importante fonte de emprego e renda para São Paulo: dados anteriores à pandemia mostram que o PIB do Turismo em 2019 foi de R$ 220 bilhões e responsável por 650 mil empregos diretos e 1,95 milhão de empregos indiretos. Mesmo com a crise da pandemia, que abateu com mais força o Turismo do que qualquer outra dimensão econômica do planeta, o Governo de São Paulo adotou uma série de iniciativas para fomentar a indústria turística nos últimos anos.

O Plano mostra que a criação da marca SP pra Todos foi importante para consolidar a imagem do Estado como destino turístico tanto no Brasil, como internacionalmente. Além disso, políticas voltadas para ampliar a infraestrutura aérea do Estado como a redução do ICMS do setor e a privatização de 22 aeroportos regionais garantiram um aumento significativo da cobertura aérea no território paulista. Outra ação vital coordenada pelo Governo de São Paulo foi uma série de iniciativas que ofereceram mais de R$ 2 bilhões em crédito ao segmento por meio do Programa Crédito Turístico. Também foram realizadas ações para profissionalizar o fomento ao setor no Estado, como a criação da Lei dos Distritos Turísticos e o Ranqueamento dos Municípios Turísticos. Trazendo assim critérios técnicos para avaliar políticas turísticas e auxiliar os municípios no seu desenvolvimento.

Desta forma, o Plano de Governo de Rodrigo Garcia tem uma meta ousada para os próximos anos: atingir um aumento no PIB do Turismo para R$ 300 bilhões até 2030 e ampliar a oferta de emprego em 50%. A estratégia explicitada no Plano para potencializar o Turismo se divide em três pilares: Promoção, Desenvolvimento de Oportunidades e Infraestrutura Turística.

Com relação à Promoção, o Plano Rodrigo Garcia busca a consolidação da marca SP para Todos e ampliação de Marcas Regionais, criando identidades regionais para diferentes regiões turísticas do Estado, além de ampliar a parceria com empresas do setor como de transportes e hotelaria para aumentar o potencial de alcance da marca.

No que se refere ao Desenvolvimento de Oportunidades, o Plano Rodrigo Garcia prioriza a Capacitação de Mão de Obra e Políticas de Primeiro Emprego, ampliando a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes para o Turismo, tendo como foco a qualificação da mão de obra de jovens de 16 a 25 anos; o Desenvolvimento de Vocações Regionais, com a consolidação dos Distritos Turísticos por meio do aumento de políticas territoriais de desenvolvimento e ampliação na captação de investimentos privados para as regiões; e aumento do Crédito Turístico Assistido, capilarizando e ampliando a oferta de crédito ao Turismo por meio de parcerias com o setor privado, associado a políticas de profissionalização de micro e pequenos empreendedores em parceria com o sistema S.

Para a Infraestrutura Turística, o Plano Rodrigo Garcia prevê o Aprimoramento do Fundo de Melhoria dos Municípios Turísticos, o Fumtur, ampliando sua atuação e uso dos recursos, permitindo a sua utilização para realização de campanhas de consolidação de marca, PPPs e manutenção de atrativos turísticos; Implementação do Centro de Apoio aos Municípios para melhores práticas de soluções ao ambiente urbano; Ampliação de Rotas Turísticas e Náuticas; e Melhora da Sinalização Turística, com modelos regionais de sinalização turística.

Como se vê, o Turismo está no centro da pauta do Plano Rodrigo Garcia, como grande propulsor da geração de empregos e desenvolvimento. É um bom exemplo para o Brasil, uma excelente referência para você eleitor que no próximo domingo terá a responsabilidade de definir o futuro de São Paulo e do Brasil.

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