A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou recomendações para o desenvolvimento do Turismo. Documentos assim são importantes como fomento às discussões. Iniciando o último semestre da atual gestão à frente do Turismo no Estado de São Paulo, vimos com satisfação um quase alinhamento entre o recomendado e o que executamos. Antes de elencar as coincidências cabe lembrar a premissa para esses três anos e meio de trabalho: o apoio dos governadores João Doria e Rodrigo Garcia.
O documento da CNC tem três grupos de informações: macro estratégias e prioridades, um olhar para as regiões do país e a síntese das propostas estaduais.
As macro linhas indicam as necessidades transversais de investimentos em infraestrutura básica e mobilidade. E fomos muito bem. Em 2019/20, por exemplo, em ação com as empresas aéreas, abrimos mais de 700 novas frequências “de/para” os aeroportos paulistas. No biênio 21/22, R$ 7 bilhões estão sendo investidos em rodovias, hidrovias, ferrovias e aeroportos. Dois destaques: no saneamento básico, a despoluição do Rio Pinheiros com a ligação de mais de 400 mil residências à rede coletora, e a concessão dos 22 aeroportos regionais.
Nas indicações para inteligência e boas práticas estão plataformas de apoio aos gestores e incentivos a pesquisas. Novamente sobramos: mesmo na pandemia criamos cursos para formação de equipes municipais, implantamos o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) e lançamos o portal de Melhores Práticas.
A CNC aponta a necessidade de priorizar ações sustentáveis, a revisão da tributação e a oferta de microcrédito. Nós aprovamos a lei dos Distritos Turísticos, que dá segurança para o investidor. Em 2019 lançamos o Programa de Crédito Turístico, fundamental para a travessia da pandemia e, visando o desenvolvimento sustentável, as rotas gastronômicas e flexibilização da lei que para o comércio de produtos de origem controlada, uma vitória do agro e do turismo.
O documento da CNC indica a necessidade da oferta qualificada, a capacitação, incluindo o ensino público, a certificação de pessoas físicas e empreendedores, gestão de unidades de conservação e a promoção. Em todas as frentes tivemos avanços: fizemos convênios para cursos técnicos e universitários; com a Secretaria da Educação lançamos as eletivas de Turismo que em 2021 chegaram a 130 mil alunos; com o Sebrae certificamos empresas de eco aventura de mais de 200 municípios; lançamos o Vem Pro Vale, ação de valorização do Vale do Ribeira e, junto com o setor privado, campanhas inéditas de promoção, sob o mote “SP Pra Todos” – associado à marca lançada ainda em 2019.
Por fim, a CNC indica a importância da governança. Além do Conselho Estadual de Turismo, onde prestamos conta das ações, foi criado um “Conselho de Gestão”, sem atribuições legais, para oxigenar as discussões e trouxemos a da FIA-USP com parte da estratégia de modernizar a administração.
Depois de feito, parece fácil. Ou como dizem os mais jovens “quem vê o resultado não vê o corre”. Pois corremos – e continuaremos. O previsto no nosso Plano 20-30 nos trouxe até aqui. O futuro promete: o Turismo tem muito a crescer no Brasil.