Vinicius Lummertz
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Vinicius Lummertz

Depois de 20 meses de pandemia tivemos em 14 dias dois emblemas do sucesso do trabalho sério. Fato simbólico por ocorrer no feriado da Proclamação da República, o Grande Prêmio São Paulo de F1, resgatou, com direito a Bandeira Nacional na pista, pela sensibilidade de Lewis Hamilton, o verdadeiro orgulho verde e amarelo e o retorno do turismo e dos grandes eventos. Sem medo do clichê, aquela vitória, com milhares de brasileiros presentes e seguros, foi consequência: começou a ser construída em 17 de janeiro, na aplicação da primeira dose de Coronavac, a despeito da gestão federal recalcitrante.

Dois domingos depois, no campo político que sabe respeitar as regras e valoriza o voto e a democracia, o governador paulista João Doria foi escolhido como o candidato do PSDB para disputar a eleição presidencial em 2022. Em comum entre os fatos, o reconhecimento da seriedade, da gestão competente.

O Brasil dos próximos meses, e a partir de 2023, exigirá mais de todos. O país legado por Bolsonaro interrompeu os excelentes avanços do curto período de Temer, antecedido pelo PT de triste lembrança, em particular no Lula 2 e Dilma. Logo, exigirá um ocupante mais bem preparado no Palácio do Planalto.

A definição do PSDB é importante por qualificar a quebra da chamada polarização, além de, sem demérito pessoal aos postulantes, apresentar uma proposta que não se baseia em sofismas, fantasias, slogans, anúncios para acalmar o mercado ou retocados por uma camada de verniz.

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O Brasil de 2022 precisa de alguém forjado na linha de frente, no calor da lida que mais exige, com a musculatura da liderança, que faça chover em vez de dar a previsão do tempo. As credenciais do PSDB estão postas: Plano Real e o fim da inflação, Bolsa Escola, medicamentos genéricos, Lei de Responsabilidade Fiscal; em São Paulo e mais recentes, a privatização dos aeroportos regionais, a concessão de rodovias, o fechamento de estatais, a reforma administrativa que permite ao Estado investir, crescer e ajudar no desenvolvimento nacional, a vacina que salvou o Brasil de um desastre ainda maior. O PSDB virá com João Doria, mais que um grande gestor e organizador do País, alguém que em pouco tempo atrairá investimentos de todas as partes do mundo para o Brasil.

Quando analistas indicam as decisões que deverão ser tomadas pelo próximo presidente – ajuste fiscal, diminuição do tamanho do Estado, investimentos que desencadeiem o desenvolvimento, foco social, privatizações, aumento da eficiência – fica clara a importância da escolha de alguém confiável, que já provou saber fazer. Até porque a tempestade se assoma.

Faltando menos de um ano para o término da gestão mais desqualificada da história republicana, não devemos nos iludir: ao ficar clara a impossibilidade de reeleição, Bolsonaro não será apenas um “pato manco”, como jocosamente classificam os americanos (‘lame duck’). Levará a tensão do “quanto pior melhor” a níveis nunca vividos.

Enquanto isso, candidatos a candidato, pela falta de condições, inexperiência executiva ou eleitoral, não deveriam transformar a 3ª Via em terceira vala. A maioria dos brasileiros não quer lulopetismo ou bolsonarismo. Vão querer frutos como os colhidos em São Paulo e o sentimento de campeão de F1, bandeira na pista e trilha da vitória na caixa de som.

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