Os reféns, como Avinatan e Elkana, perderam de 30% a 40% de massa corporal após 2 anos de cativeiro
Reprodução: IDF
Os reféns, como Avinatan e Elkana, perderam de 30% a 40% de massa corporal após 2 anos de cativeiro

Israel está em festa. O impossível aconteceu. Os 20 reféns vivos  que ainda eram mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza foram libertados em uma única manhã, no dia 13 de outubro . Para alívio e surpresa dos israelenses, todos eles caminhavam  com suas próprias forças, apesar de muitos apresentarem cicatrizes de torturas, magreza extrema (em média, perderam de 30% a 40% do peso corporal) perda de visão ou audição, palidez e, no caso de alguns, sinais visíveis de confusão mental.

Por coincidência — para os seculares, ou por mão divina para os religiosos —, eles foram sequestrados e libertados exatamente no mesmo dia segundo o calendário judaico: o da festividade de Simchat Torá, uma das mais alegres do calendário judaico.

Em 2023, a celebração foi interrompida por mísseis e invasão; em 2024, marcada pela guerra; em 2025, enfim, festejada com alegria. As ruas de Israel se encheram de danças e sorrisos, depois de dois anos de angústia.

A alegria se completará quando todos os corpos dos reféns mortos forem entregues pelo Hamas . Muito embora esse seja um item básico da primeira parte do Plano de 20 Pontos  de Donald Trump, somente após tê-lo aceitado o Hamas notificou que não “conhece” a localização de todos os corpos. Israel contesta e afirma que o grupo mente para ganhar tempo. O próprio exército israelense sabe, por meio de interrogatórios, a localização de vários corpos e entregou a informação a um grupo formado por especialistas internacionais que, em breve, devem realizar as escavações para localizá-los.

Até o momento, menos de dez corpos foram entregues a Israel e identificados. Os enterros são realizados em menos de 24 horas, pondo fim à angústia das famílias. Elas podem agora realizar um ritual digno de despedida e iniciar seu processo de luto.

Reféns inocentes em troca de criminosos

Israel libertou quase dois mil prisioneiros palestinos de suas prisões em troca dos reféns. Embora a maioria dos sequestrados fosse israelense, havia entre eles também trabalhadores estrangeiros que, no dia da invasão, foram sequestrados e mortos pelo Hamas. Essa é uma prova de que não apenas os judeus são considerados inimigos mortais pelo Hamas. O grupo é ligado à Irmandade Muçulmana e defende abertamente a guerra contra os valores ocidentais.

Entre os prisioneiros palestinos libertados, 250 estavam presos em Israel há mais de dez anos, cumprindo prisão perpétua — por vezes, penas consecutivas — por atentados terroristas. Para os israelenses, essa é a parte mais perigosa e amarga do plano de Trump.

Importante ter em mente que essa é a primeira fase do acordo de cessar-fogo, que terminará apenas quando todos os corpos de reféns ainda mantidos pelo Hamas forem devolvidos, o Hamas entregar as armas e também o poder em Gaza. Ainda não está claro como esses dois últimos itens acontecerão, uma vez que líderes do Hamas já declararam publicamente que não entregarão as armas e que já iniciaram as preparações para um novo massacre em Israel.

Donald Trump disse, em entrevista, que o Hamas sairá por bem ou por mal, sem especificar como isso seria feito.

Hamas: massacre de palestinos

Hamas executa palestinos na Faixa de Gaza
Mídia Social: Reprodução
Hamas executa palestinos na Faixa de Gaza



Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o Hamas está promovendo massacres diários de palestinos  contrários ao seu governo ou que alega terem colaborado com Israel durante a guerra. Palestinos opositores ao grupo ou suspeitos de colaboração são executados em público. Imagens de fuzilamentos, mortes violentas e torturas, circulam nas redes sociais, gravadas pelos próprios terroristas para espalhar o pânico entre seus oponentes.

Cidadãos de Gaza estão postando nas mídias sociais vídeos com apelos de ajuda e proteção contra os terroristas. Muitos deles são endereçados ao presidente Trump. “Saímos de uma guerra militar para entrar em uma guerra de terroristas”, afirmou Hossam al-Astal, líder de uma milícia opositora do Hamas.

O mundo assiste calado a esses massacres.

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