
Golda Meir, primeira-ministra israelense de 1969 a 1974, foi uma personagem lendária da política mundial. Muito depois dela, Gal Gadot se tornou famosa ao atuar como a Mulher-Maravilha, em 2017. Neste mês, a cantora Yuval Raphaeli enfrentou um público de milhares de pessoas pouco amistosas e, apesar disso, conquistou o segundo lugar no festival de música Eurovision. Ao fim da apresentação, ela gritou para os 163 milhões de telespectadores o lema de Israel : Am Israel Chai (o povo de Israel vive).
A israelense Yuval Raphaeli em sua apresentação no festival Eurovision
As mulheres israelenses são sem dúvida poderosas, e provaram ainda mais o seu valor nos últimos 20 meses de guerra. Esposas de dezenas de milhares de reservistas do exército, os quais estão fora de casa e correndo risco de vida por meses a fio, tiveram que assumir sozinhas o controle da vida familiar e financeira. Outras dezenas de milhares foram temporariamente desalojadas de suas casas (por motivos de segurança), no norte e no sul do país, e viveram longos meses fora de suas residências e de suas rotinas.
Mulheres no combate
Mais de 60 mil mulheres também estão no momento servindo como reservistas, sem contar com outras dezenas de milhares que prestam o serviço militar obrigatório (de dois anos para mulheres e três para homens), ocupando inclusive a função de combatentes. Hoje, 40% dos soldados das Forças de Defesa de Israel são mulheres; 25% dos oficiais do exército também fazem parte do que até pouco tempo atrás era chamado de “sexo frágil”.

Em Israel, a cada ano elas crescem em número em posições que no passado só eram ocupadas por homens. Na atual força de combate, 20,9% são mulheres, o maior número da história do país. Estão divididas em batalhões da infantaria, unidades de elite e outras, que as colocam na linha de frente; elas também são numerosas nas unidades de Inteligência militar. Interessante notar que as mulheres sempre fizeram parte do Exército de Israel desde a criação do país, em 1948.
Há, no exército de Israel, até mesmo uma unidade que é formada exclusivamente por mulheres: a das observadoras de fronteira. Isso se dá pelo fato de que elas são mais capazes de se manterem concentradas por longos períodos do que os homens: essa função exige que elas permaneçam à frente de telas por turnos de quatro horas, observando minuciosamente a movimentação nas diferentes fronteiras de Israel.
Israel é, sem dúvida, um país de mulheres superpoderosas.
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