Donald Trump tem semelhanças importantes com o lider nazista Adolf Hitler, apesar dos 84 anos de diferença entre ambos na chegada ao poder. O ideário do ditador nazista, que no início da trajetória conquistou o poder em eleições livres, está todo em seu livro Mein Kampf, escrito em 1925. Ali está a sua determinação de conquistar territórios no continente europeu, já que a conquista de colônias em continentes mais atrasados, como a África, já estava completada, em especial por França e Inglaterra. A perseguição aos judeus também estava explicitada, assim como o seu desejo de se unir à Inglaterra, fato que perseguiu até o fim, sem sucesso, graças à determinação de Winston Churchill. O fracasso numa aliança em separado com a Inglaterra foi um dos fatores responsáveis por sua derrota após a invasão da Rússia (vide a Batalha Aérea da Inglaterra e a retirada de Dunquerque).
Leia também: Trabalhador banca Venezuela
Também a industrialização da Alemanha, voltada para a guerra, e o consequente fim do desemprego no país, estão contidos no livro.
No caso de Donald Trump, é fácil perceber que tudo que ele prometeu em sua campanha eleitoral vem sendo cumprido, como uma lista que vai sendo ticada:
O muro separando EUA e México, é tema que segue em sua pauta, embora o orçamento seja um pouco assustador, mesmo para a economia Americana: 25 bilhões de dólares, para um trecho ainda não murado de 2154 km, de um total de 3200 km de fronteira.
Substituição do Obamacare por outro plano de saúde. Nesse quesito Trump se enrolou e criou confusão e insegurança até agora.
Barreiras a imigrantes muçulmanos, ele não conseguiu como pretendia, mas está infernizando a vida de todo imigrante legal ou ilegal, permanente. ou temporário. Há caso de estudantes com visto de permanência de um ano, que não conseguem entrar no país depois de uma saída de poucos dias. E os filhos de imigrantes que vieram crianças para o país e estão sendo expulsos como adultos.
Retirada dos EUA de parcerias de livre comércio, clima, e de tratados politicos, missão cumprida por Trump, como ao sair do Acordo de Paris, do NAFTA, e agora do acordo de desnuclearização do Irã. Como Hitler, que considerava os acordos que assinava como pedaços de papel a serem rasgados.
Trazer empregos de volta era um falso dilema nos EUA quando Trump foi eleito. Assim mesmo, com a redução do imposto de renda para empresas de 35 para 15 por cento, o presidente deu um enorme incentivo para o aumento de investimentos e para o retorno de instalações que tinham mudado para outros países. O desemprego acabou.
Leia também: Brasil Radical por Roberto Muylaert
Reforma da infraestrutura do país, outra promessa de Trump, ainda não caminhou, porque os orçamentos vão para a casa dos trilhões de dólares.
Destruição do Estado Islâmico, meta atingida, mais pela Rússia e pela Síria do que pelos EUA.
Reforço no armamento militar, idéia permanente de Trump, que envia porta-aviões para qualquer lugar do mundo, sem pensar em quanto custa.
Ampliação do uso de armas, chegando a propor que os professores das escolas americanas fossem armados para enfrentar os terroristas. Sua fidelidade total ao NRA (American Rifle Association) é proporcional às doações que recebeu na campanha dessa belicosa associação.
Apoio total e incondicional a Israel, tendo transferido a embaixada dos EUA para Jerusalem, o que bota mais lenha na fogueira do Oriente Médio, ao contrario dos outros presidentes americanos, sempre preocupados em conseguir um acordo entre árabes e judeus.
Há uma questão que não está escrita em nenhum plano de governo, mas que transparece claramente: o desejo de Donald Trump de ver sangue correndo pelo planeta. Sua atitude sempre intempestiva e raivosa, e o ódio que faz transparecer, como Hitler, é sinal de que seu estopim curto pode ser de uma bomba nuclear.
A impressão que ele passa é que até o final de seu governo vai querer criar uma confusão brava, envolvendo os principais países rivais. E para quem detém poder sobre um armamento de tal magnitude, ele pode fazer uma besteira das grandes.
Leia também: Ronaldo, Messi, e Neymar
Enquanto Trump marca encontro com Kim Jon-un em Singapura, para tratar da desnuclearização da peninsula coreana, entra em conflito com o Irã, que estava cumprindo todos os quesitos do acordo com EUA e países europeus.
Apesar da simpatia que demonstra pelo ditador da Coreia do Norte, Trump está por trás do humilhante aviso enviado pelo governo americano, de que “não temos intenção de tirar Kim jon-un do poder”.
Nunca um presidente americano demitiu tantos auxiliares de primeira linha como Trump, em tão pouco tempo. Se ele tem esse desprezo por seus auxiliares mais próximos -- assim como Hitler assassinava colaboradores --, imagine pelos países que para ele são inimigos, como Russia, China, Irã, Cuba, etc.
Talvez Trump não tenha idéia clara de suas intenções de deflagrar uma guerra. Mas para sua biografia cheia de violência contra mulheres, homens, instituições e países, nada ficaria melhor do que completá-la com uma guerra envolvendo diversos países.
Seria o epílogo de um governo que, assim como o de Hitler, anunciou todas as maldades que iria fazer. E fez.