Valor da aposentadoria de burocratas é três vezes maior que a dos trabalhadores do setor privado
Divulgação/PT-MG
Valor da aposentadoria de burocratas é três vezes maior que a dos trabalhadores do setor privado

‘É evidente que temos de colocar alguma ordem numa administração social e econômica que acumulou, durante décadas, generosos direitos ‘mal adquiridos’; desrespeitou sistematicamente as limitações físicas; desprezou as restrições das identidades da contabilidade nacional; cedeu à tentação do curto-prazismo e terminou dividindo a sociedade entre uma classe de burocratas blindados contra todas as variações da conjuntura econômica, que tem o ‘direito’ a aposentadoria com taxa de reposição de 100% dos rendimentos, de outro lado os trabalhadores do setor privado, que suportam todos os seus custos e se aposentam com 70%’.

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O texto é do mestre Delfim Netto, que define com clareza o que são os movimentos de sindicalistas e dos chamados “movimentos sociais”, para combater com todos os meios quaisquer alterações no instituto da Previdência Social, um dos principais direitos dos brasileiros.

Lembrando que o valor da aposentadoria dos burocratas é três vezes maior que a dos trabalhadores do setor privado. Por uma fraqueza de Temer — cujos recuos já são antológicos —, em 2016, o salário dos privilegiados subiu 1,5%, contra um recuo de 1,3% no setor privado.

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É claro que quem deblatera contra qualquer mexida na Previdência tem perfeita consciência de que o sistema é um barco com data certa para o naufrágio, mas o importante é que a “luta de classes” no Brasil de hoje é entre a burocracia estatal e o setor privado. Com outra diferença essencial: o trabalhador da empresa privada tem que dar duro, senão é mandado embora, enquanto o funcionário público ganha mais e não precisa se empenhar nas suas obrigações, por ser estável. As exceções se devem ao brio de uma minoria.

Um bom mote para algum presidente da República colocar junto de seu retrato é: “a função do funcionário público é servir ao público”. Conceito óbvio, mas esquecido há muito tempo.

Essa burocracia e os sindicatos oferecem as maiores resistências às reformas, usando todo o tipo de “pós-verdades”, que é a maneira mais moderna de se denominarem mentiras.

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Nesse quesito se destacam as inverdades propaladas contra a Reforma da CLT, de 1943. Qualquer cidadão isento sabe que, em vez de garantir direitos, a CLT é hoje um empecilho para alguém arrumar emprego, exatamente o contrário do que apregoam privilegiados da burocracia.

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