O Carnaval Carioca é um dos mais famosos do mundo
Divulgação/Liesa
O Carnaval Carioca é um dos mais famosos do mundo

"Esse ano não vai ser igual aquele que passou". Como diz a marchinha, o carnaval promete ser o mais animado para a indústria do turismo, que está recuperando os patamares de antes da pandemia. Estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo é de que a festa movimente R$ 8,18 bilhões no setor, ou seja, 26,9% maior que no ano passado.

Dados da Embratur projetavam no início de janeiro que 80 mil turistas estrangeiros já tinham comprado suas passagens para estarem no Brasil entre 13 e 22 de fevereiro, sendo que 20 mil desembarcando no Rio.

"A cidade já está muito cheia! O fato surpreendente é que nós tivemos uma grande presença de estrangeiros inesperada no Reveillon e tudo indica que vá se repetir no Carnaval. Hotéis de luxo da Zona Sul registraram 40% de ocupação de estrangeiros, na ordem: americanos, europeus e sul-americanos", contabiliza  Alfredo Lopes, presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem e Conselheiro da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Rio.

Portão de entrada
O Rio de Janeiro continua sendo o ponto de entrada de estrangeiros no país e uma das localidades proferidas pelos próprios brasileiros, principalmente nesta época do ano.

"A expectativa é a melhor possível. O Carnaval está bem organizado. A Sapucaí [onde acontecem os desfiles das maiores escolas de samba] está com nova iluminação. Acho que essa temporada vai ser um grande sucesso também por conta da forte divulgação que a cidade vem tendo", ressalta José Domingos Bouzon, vice-presidente do SindHotéis.

Mas nem só de desfile vive o evento de Momo carioca. Os blocos de rua que, depois de quase extintos, proliferaram nas últimas décadas, não devem fazer por menos nessa temporada.

"Estamos muito animados com a retomada dos blocos de rua, com a atração de cerca de cinco milhões de foliões para a festa. Serão mais de 400 blocos", conta Roberta Werner, diretora-executiva do Rio CVB

Geração de Empregos
Um dos efeitos sociais da economia do turismo é gerar empregos em vários segmentos e patamares. O estudo da CNC aponta que estão surgindo 24,6 mil temporários.

"As empresas estão demandando muita força de trabalho nesse momento. Isso demonstra uma dinâmica de geração de empregos semelhante ao período pré-pandemia", analisa Roberta Werner.

Dessas oportunidades, cerca de 85% da receita deve ser gerada por três segmentos: bares e restaurantes (com movimentação esperada de R$ 3,63 bilhões), transporte de passageiros (R$ 2,35 bilhões) e serviços de hotelaria e hospedagem (R$ 890 milhões).

"A expectativa de empregos no Rio de Janeiro cresceu bastante nesse verão em função da recuperação do setor", avalia José Domingos Bouzon, vice-presidente do SindHotéis.

Os demais 15% de empregos, se dividem entre empresas de lazer e cultura (R$ 780 milhões) e outros segmentos, como aluguel de veículos e agências de viagem, por exemplo (R$ 530 milhões).

Vagas oferecidas
A expectativa é que sejam contratados 4,4 mil cozinheiros, 3,45 mil auxiliares de cozinha e 2,21 mil profissionais de limpeza. São 9,4 mil postos a mais do que em 2021, mas 1,5 mil a menos que no último carnaval antes da pandemia.

A maior quantidade de vagas temporárias para os festejos ocorreu em 2014, quando a proximidade entre o evento e a Copa do Mundo do Brasil estimulou a contratação de 55,6 mil profissionais.

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