Apesar do território litorâneo, o Rio de Janeiro vem perdendo terreno na chamada Economia dos Oceanos para outras regiões com menos afinidade, conhecimento, tecnologia e logística marítimas. Os recursos financeiros provenientes das águas salgadas garantem a balança financeira do estado porém, basicamente da extração do petróleo e os royalties gerados por ele. Mas isso não inviabiliza investimentos em outros segmentos hoje ainda alternativos, mas que no futuro breve, podem ser os protagonistas na economia marinha.
As fontes do mar são bem diversificadas. A mais antiga delas, a pesca, evoluiu para o cultivo de organismos, como: algas, moluscos, camarões e peixes. Temos a geração de energia renovável e a extração de minerais, como: óleo, gás, sal, calcário e pedras preciosas. Isso sem valar nos serviços portuários e transporte de mercadorias. Fora as atividades de recreação e lazer....
Correndo atrás desse prejuízo, o governo do Rio e as indústrias tentam recuperar esse tempo perdido. Essa foi a pauta do encontro entre empresários e o novo secretário estadual de Energia e Economia do mar.
"Temos a energia solar, a eólica offshore, o biogás e biometano, a produção do hidrogênio e fertilizantes. Além disso, tem a economia do mar, com o setor naval. São temas que devem estar em sintonia com Brasília, onde são adotadas as legislações pertinentes” - explica o secretário Hugo Leal.
Na reunião foram mapeados 45 projetos que podem trazer US$ 100 bilhões para o estado.
"A federação mapeou a existência de, ao menos, 45 projetos em petróleo, gás natural e novas energias a longo prazo. São cerca de 60 bilhões de dólares programados em projetos de exploração e produção até 2025 e 40 bilhões de dólares em projetos não sobrepostos de eólicas offshore, em águas fluminenses", explicou Eduardo Eugenio - presidente da Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro.
O encontro promovido pela Firjan serviu para aproximar o estado das indústrias do estado que avançam no segmento da energia limpa.
"Geração de energia a partir da fonte solar, gás natural como potencial transformador econômico, eólicas offshore no horizonte energético, mercado de hidrogênio como agenda de futuro, indústria naval como vocação natural e mercado de petróleo como catalizador de desenvolvimento", enumerou o presidente em exercício da Federação, Luiz Césio Caetano.